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Colômbia elege presidente neste domingo

Vinte e dois políticos seqüestrados, incluindo uma candidata à presidência, Ingrid Betancourt, 46 militares reféns e uma campanha de terror que, só na última semana, matou cerca de 120 civis: a violência fora de controle na Colômbia dominou a campanha eleitoral e vai decidir a eleição para presidente do país neste domingo, dia 26. Para grande parte dos colombianos, o presidente eleito vai se transformar na última esperança de que uma resposta aos grupos armados – guerrilhas, paramilitares e narcotraficantes – que infernizam o cotidiano do país, ainda é possível.

Na nação onde fazer campanha nas ruas se tornou um ato suicida – três dos candidatos sofreram atentados nas últimas semanas –, analistas indicam que o eleitorado está dando uma guinada à direita, em busca de segurança. O favoritismo acabou sendo abraçado pelo candidato da linha dura no combate aos grupos armados, Álvaro Uribe, do Partido Primeiro Colômbia. Ex-governador e advogado com doutorado em Oxford, Uribe teve sua candidatura alavancada às custas de críticas ao presidente Andrés Pastrana – que gastou três anos de seu mandato em um ineficaz e humilhante esforço de negociar uma paz com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a maior do país.

A principal promessa de Uribe é extinguir a guerrilha, responsável pela morte de seu pai anos atrás. Ao longo da campanha, Uribe amenizou suas promessas. Admitiu que até gostaria de encaminhar uma solução política negociada para o conflito, mas de uma forma diferente da que foi levada a cabo por Pastrana, ou seja, sem concessões. Os colombianos gostaram. A última pesquisa, realizada pelo Centro Nacional de Consultoria-Invamer Gallup e divulgada na quinta-feira, dá a Uribe 51% das intenções de voto, contra 26% de seu principal rival, Horácio Serpa, candidato do Partido Liberal.

Com o clima tenso e as ameaças de atentados pipocando por todo o país, nada indica que os colombianos terão um pleito transparente. O Ministério do Interior admitiu que 10% dos municípios poderão não ter eleições livres e que o governo pouco pode fazer a esse respeito, pois não tem controle sobre 40% do território nacional. Porém, mesmo com medo, o governo estima que boa parte dos cerca de 24 milhões de eleitores deva comparecer às urnas neste domingo. Mais de 200 mil policiais vão garantir a segurança nas ruas.


 
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