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Papa descarta aposentadoria às vésperas dos 82 anos

Na audiência em que recebeu 500 prostitutas, João Paulo II confirma que continua sua missão

O papa João Paulo II, que completa 82 anos no sábado, rejeitou novamente os boatos de uma eventual aposentadoria, afirmando desejar continuar com sua missão. As palavras do pontíficie, expressas durante a audiência geral realizada semanalmente na Praça São Pedro, em Roma, na Itália, soaram como uma medida de precaução sobre os boatos de seu afastamento.

Agradecendo as felicitações de aniversário e as orações, o papa recebeu, durante a cerimônia, 500 prostitutas de todos os continentes.

– Confio no apoio espiritual para que eu continue com lealdade o ministério que o Senhor me outorgou – declarou o Papa.

O estado de saúde de João Paulo II, que poderia fazer com ele solicitasse a aposentadoria, piora de forma mais ou menos constante desde o início dos anos 90, quando sintomas do mal de Parkinson apareceram pela primeira vez. Em março, uma crise de artrite o obrigou a cancelar alguns de seus compromissos de Páscoa. Apesar das dificuldades para caminhar, muitas de suas atividades foram retomadas. Na audiência desta quarta, ele precisou de ajuda para chegar até sua cadeira.

O último pontíficie a renunciar voluntariamente foi Celestino V, que deixou o cargo em 1294. Gregório XII abdicou relutantemente, em 1415, para acabar com uma disputa pela liderança da Santa Sé.

As prostitutas que assistiram ao pronunciamento do pontíficie foram conduzidas à praça do Vaticano pelo religioso italiano Oreste Benzi, 60 anos – amigo pessoal do pontífice e quem as ajuda a se livrarem dos gigolôs que as exploram.

Uma delas, de nacionalidade romena, saudou o Papa em nome de todo o grupo e narrou seu calvário.

– Santo Padre, fui seqüestrada quando era criança. Existem muitas meninas nas ruas. Ajude-as – pediu a jovem, que foi raptada aos 14 anos por um bando de albaneses e obrigada a se prostituir na Itália.

O Papa convidou as 500 prostitutas – entre elas, inúmeras que provinham da África, dos países do leste europeu e da América Latina – a "continuar no caminho pela liberdade, que é a base da dignidade humana".

Em mensagem enviada aos participantes, o Papa solicitou punições para os responsáveis pelo tráfico de seres humanos com fins sexuais.


 
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