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Diplomatas europeus visitam palestinos expulsos de Belém

Os 13 palestinos classificados por Israel como terroristas e expulsos de Belém depois do fim do cerco à Basílica da Natividade receberam neste sábado, 11 de maio, a visita de vários diplomatas europeus. O objetivo é preparar o grupo para seu exílio na Europa. Eles devem deixar Chipre na próxima semana. O destino deve ser conhecido nesta segunda-feira. Seis países europeus figuram na lista de possíveis destinos: Itália, Espanha, Áustria, Irlanda, Grécia e Luxemburgo. Portugal também se ofereceu para receber um militante. A maioria dos palestinos deportados pertence às Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa (ligadas à Fatah) ou às Brigadas Ezzedin Al-Qassam (braço armado do Hamas).

O acordo mediado pela União Européia (UE) permitiu que os 123 palestinos que estavam entrincheirados no complexo deixassem o local. Mais tarde, o exército israelense abandonou a cidade. 

O acerto que encerrou a operação militar lançada na Cisjordânia em 29 de março, assegurou que 13 homens seriam enviados a Chipre (onde ficarão provisoriamente, antes de viajarem para outros países europeus), 26 à Faixa de Gaza e o restante, liberado.

Na Cidade de Gaza, os 26 palestinos que saíram da basílica foram recebidos como heróis. Uma multidão fazia o “V” da vitória enquanto apontava para o ônibus que trouxe o grupo.

O cerco na igreja começou em 2 de abril, depois que tanques e tropas de Israel entraram em Belém como parte da ofensiva na Cisjordânia. Diante do avanço das forças israelenses, militantes palestinos buscaram refúgio na igreja, ficando encurralados.

Depois de ter passado 38 dias no complexo anexo à Igreja da Natividade, em Belém, o frei catarinense Antônio Marcos Koneski, de 65 anos, confessou que quer voltar para casa. Koneski, que trabalha há nove meses na basílica, disse que o local onde estavam os palestinos está muito sujo e com lixo acumulado. Segundo Koneski, os padres foram avisados ainda de madrugada que o cerco realmente estava por terminar. Durante todo o cerco, o religioso brasileiro e seus companheiros tiveram que viver com pouca água e racionar comida.

A Igreja da Natividade, em Belém, cheirava ontem a urina, tinha pratos e panelas sujas sobre um altar e cobertas imundas espalhadas pelo chão. Mas a gruta onde, segundo a tradição cristã, Jesus Cristo teria nascido, está intacta, segundo relatos de jornalistas que entraram no local.

As vidraças de várias janelas superiores da basílica estavam quebradas, mas não havia, aparentemente, nenhum grande dano. Um mosaico do século 12 foi atingido por disparos. Uma sala de estudos dos franciscanos perto da igreja foi destruída por um incêndio, e uma estátua da Virgem Maria no pátio foi atingida por um disparo.

 
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