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 | 29/03/2006 10h21min

Médico é condenado por informar sexo de bebê na Índia

É a primeira vez que um tribunal condena alguém por este crime

Um médico e seu auxiliar foram condenados a dois anos de prisão por informar à mãe o sexo do bebê antes do nascimento, o que é proibido por lei na Índia, onde a cada ano milhares de mulheres abortam meninas. Segundo a edição de hoje do jornal The Times of India, é a primeira vez que um tribunal condena alguém por este crime. No país, há 32 milhões de mulheres a menos que homens.

Um tribunal da cidade de Palwal, no estado de Haryana, ao sul de Nova Délhi, considerou o médico Anil Sabhani e seu auxiliar Katar Singh culpados de ter violado a Lei de Técnicas de Diagnósticos Pré-natal.

Além da pena de dois anos de prisão, foi imposta a eles uma multa de 5 mil rúpias (US$ 110) por terem comunicado o sexo do feto aos pais após fazerem ultra-sonografias em 2001.

Na ocasião, as autoridades de Haryana enviaram três mulheres grávidas para uma consulta com o doutor Sabhani e pediram que dissesse ao governo local o sexo dos bebês.

Este comunicou a uma das mães que estava esperando uma menina e que ele se encarregaria de "resolver o assunto", o que foi gravado em áudio e vídeo.

O último censo oficial, elaborado em 2001, registrou 927 meninas para cada mil meninos menores de seis anos, mas estes números se tornam preocupantes em regiões do país como o território ocidental de Daman e Diu, onde há apenas 710 mulheres para cada mil homens, ou Nova Délhi, onde há 821 meninas para cada mil meninos.

O fato de que as mulheres devem pagar um dote antes de se casar é um dos fatores que fazem com que as famílias não queiram sofrer o prejuízo econômico que uma filha representa, cujo casamento arruína muitas vezes a economia familiar, e prefiram ter meninos.

AGÊNCIA EFE

 
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