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 | 02/03/2006 11h32min

Pentágono quer usar tubarões para espionagem submarina

Tecnologia usa implantes para controlar movimentos de animais

O Pentágono estuda a possibilidade de explorar a habilidade dos tubarões de se deslizar silenciosamente pelos oceanos e seguir cheiros e pistas químicas para utilizá-los como eventuais espiões. Implantando pequenos eletrodos no cérebro desses animais, para poder guiá-los por controle remoto, o Departamento de Defesa dos EUA acredita que os tubarões poderão realizar tarefas como seguir navios estrangeiros sem ser detectados, informa a revista New Scientist em sua última edição.

O projeto, financiado pela Defense Advanced Research Projects Agency (Darpa), com sede em Arlington (Virginia), foi apresentado na semana passada em um congresso dedicado às Ciências Oceânicas realizado em Honolulu (Havaí). As pesquisas se baseiam em tecnologia já aplicada a outros animais, entre eles peixes, ratos e símios, para controlar seus movimentos, assegura a publicação. Outro grupo, dirigido pelo professor Jelle Atema, da Universidade de Boston (EUA), colocou implantes no centro responsável pelo olfato do cérebro para teledirigir os movimentos de um tubarão pequeno em um grande caixa d'água através de sinais de rádio enviados por um computador portátil.

Segundo Walter Gomes, do Centro de Guerra Naval Submarina de Newport, em Rhode Island (EUA), o próximo passo consistirá em colocar os implantes em tubarões azuis e soltá-los no oceano perto do litoral da Flórida.

Os implantes neurais consistem em eletrodos que são colocados no cérebro do animal e que podem ser usados para estimular as áreas responsáveis por diferentes funções. No experimento de Boston, os eletrodos estimulam o centro olfativo direito ou esquerdo, o que faz com que o peixe se dirija para um ou outro lado em resposta ao sinal.

Como os sinais de rádio não penetram na água, os engenheiros navais querem se comunicar com os animais utilizando um sonar enviado de torres acústicas, acrescenta a publicação. As torres, instaladas no litoral da Flórida, podem transmitir mensagens a um tubarão a uma distância de até 200 milhas náuticas. Os cientistas projetaram um receptor de sonar em forma de rêmora, um peixe que geralmente vive associado a tubarões.

AGÊNCIA EFE
 
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