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 | 06/01/2006 08h59min

Turquia descarta epidemia de gripe aviária no país

Confirmada terceira morte em uma semana

As autoridades turcas insistem que não há uma epidemia de gripe aviária no leste do país, apesar de hoje ter sido confirmada a terceira morte  em uma semana por causa da doença. A vítima, Hulya Kocyigit, de 11 anos, é irmã dos dois adolescentes que morreram nos últimos dias após consumirem a carne de um frango que tinha morrido por causa do vírus H5N1.

O médico-chefe do Hospital Universitário da cidade de Van, Hussein Avni Sahin, confirmou hoje que Hulya morreu após seis dias internada no CTI respirando com a ajuda de aparelhos. A menina tinha sido transferida ao centro médico no sábado junto com seus irmãos Mohammed Ali, de 14 anos, e Fatma, de 15 anos, além de um quarto membro da família Kocyigit, que permanece em estado grave. Vinte e quatro horas depois, Mohammed Ali se transformava no primeiro caso de morte por gripe aviária às portas da Europa, longe do Extremo Oriente onde tinham ocorrido os únicos casos.

A morte de Fatma foi anunciada ontem, 24 horas após as autoridades médicas turcas admitirem publicamente os casos de contágio em humanos. Um primeiro exame realizado em Mohammed Ali descartou que a causa de sua morte tivesse sido a gripe, mas uma segunda análise confirmou na quarta a presença do vírus H5N1.

O fato de as vítimas pertencerem à mesma família levantou a hipótese de que a doença pode ter sido transmitida entre humanos. No entanto, o chefe da unidade infantil do Hospital de Van, Ahmet Faik Oner, voltou a descartar que se trate de uma epidemia e ressaltou que todos os mortos tiveram contato direto com frangos infectados.

– Todas essas crianças tiveram contato muito direto com o frango. Inclusive brincaram com sua cabeça quando morreu. Em outros três casos está demonstrado que também houve contato direto com aves doentes – assinalou Oner.

Há alguns dias, o pai das crianças admitiu que sua família decidiu consumir a carne de uma das aves da fazenda que tinha morrido de repente, aparentemente infectada pelo vírus. Além disso, o médico lembrou que o remédio Tamiflu, usado contra o vírus, não estava disponível na cidade quando foram detectados os primeiros casos e que só chegou dois dias depois, motivo pelo qual não puderam evitar as primeiras mortes.

AGÊNCIA EFE
 
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