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 | 29/12/2005 11h07min

Dólar deve cair frente ao euro em 2006, dizem analistas

Expectativa é de ritmo mais acelerado no aumento do défcit norte-americano

Com base nas expectativas de que o déficit norte-americano deverá aumentar num ritmo mais acelerado do que a quantidade de capital disponível para financiá-lo em 2006, os analistas do Citigroup acreditam que o dólar deverá retomar sua tendência de queda em relação ao euro no início do próximo ano.

A mesma visão é compartilhada pelos analistas do banco UBS, da Suíça, e do conglomerado financeiro norte-americano JP Morgan. Enquanto as projeções do Citibank colocam a cotação em 1,32 dólar por euro no final de 2006, o banco suíço aposta em 1,24 e o JP Morgan em 1,25. Vale lembrar que a cotação atual está em torno de 1,18, o que implicaria em uma desvalorização da moeda norte-americana entre 5% e 11%.

Já os analistas do RBS - Royal Bank of Scotland - apostam na manutenção do dólar, em função das expectativas de que a diferença entre as taxas de juros dos Estados Unidos e dos principais países deverá continuar elevada. A perspectiva é de que o Federal Reserve continuará elevando o juro básico, enquanto as demais nações devem manter suas taxas próximas da estabilidade.

No entanto, após a perspectiva de fechar 2006 em torno de 1,20, a moeda norte-americana deverá perder força a partir de 2007, de acordo com o RBS, pois o temor do mercado a respeito do déficit na conta corrente norte-americana deverá reduzir a demanda por títulos dos Estados Unidos.

Se em relação ao euro a maioria dos analistas espera uma desvalorização, não existe consenso em relação ao desempenho do dólar em relação ao iene. Vale lembrar que a moeda norte-americana ganhou cerca de 14% frente à divida japonesa em 2005, para o patamar atual em torno de 117 ienes por dólar.

Com a apreciação do dólar neste ano, o endividamento internacional líquido norte-americano deve piorar, já que, para o Citigroup, não parece ser provável que investidores estrangeiros irão financiar déficits tão grandes quanto o dos Estados Unidos, o que poderá acarretar no aumento do estoque da dívida do país.

AGÊNCIA O GLOBO

 
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