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 | 20/12/2005 17h23min

Compras menores do BC interrompem altas e dólar cai 1,51%

Ofertas que vinham somando US$ 600 milhões foram reduzidas para US$ 400 milhões

O dólar interrompeu nesta terça-feira uma seqüência de altas que durou nove dias. A moeda americana caiu 1,51% e fechou valendo R$ 2,344 na compra e R$ 2,346 na venda. Depois da alta de 9,42% em nove dias, a queda do dólar é atribuída principalmente à decisão do Banco Central de desacelerar os leilões de contratos de swap reverso. As ofertas, que vinham somando US$ 600 milhões, foram reduzidas para US$ 400 milhões.

– O BC está gerando volatilidade no mercado de câmbio, coisa que ele mesmo quer evitar. Primeiro, exagerou nas compras e gerou uma alta irreal no dólar. Agora o mercado faz o caminho inverso – disse o operador Hideaki Iha, completando que o mercado agora ficará na expectativa dos próximos passos do BC.

Mas o operador chama a atenção para um outro fator que teria favorecido a baixa do dólar. Segundo Iha, o fluxo cambial esteve claramente positivo, devido aos ingressos de recursos de captações externas fechadas recentemente pelo setor privado.

– O dólar não teria caído tanto, não fosse o ingresso de recursos – diz.

O BC vendeu todos os 8,3 mil contratos de swap reverso, equivalentes a US$ 398 milhões. A operação, na prática, se iguala a uma compra de dólares no mercado futuro. O BC também compra dólares no mercado à vista. No leilão desta terça, comprou recursos por R$ 2,349.

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) acompanharam o dólar e fecharam em baixa. A dois dias da divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os destaques foram a deflação de 0,06% na segunda prévia do IGP-M e a alta de 0,18% da segunda quadrissemana do IPC-Fipe.

A inflação controlada é um dos argumentos para a defesa de um aumento maior no tamanho dos cortes de juros. A expectativa em boa parte dos mercados é de que o Copom aumente o ritmo dos cortes de juros já em janeiro. Além da inflação controlada, outro argumento é que as reuniões do comitê irão acontecer a cada 45 dias em 2006, e não mais mensalmente, como ocorria até este ano.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril fechou com taxa de 17,36% ao ano, contra 17,38% do fechamento de segunda-feira. O DI de outubro teve a taxa reduzida de 16,63% para 16,58% anuais. A taxa de janeiro de 2007 foi reduzida de 16,49% para 16,42% anuais.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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