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 | 12/12/2005 13h47min

Uso incorreto pode tornar ineficaz remédio contra gripe aviária

Secretário da Saúde da China disse é preciso planejar administração do remédio

O uso descontrolado do medicamento Tamiflu (contra a gripe aviária) pode torná-lo ineficaz, afirmou hoje o secretário de Saúde, Bem-estar e Alimentação do governo chinês, o epidemiologista York Chow. O Tamiflu, cuja patente e fabricação estão nas mãos da farmacêutica suíça Roche, é o único remédio que poderia ser eficaz na cura da doença em humanos contaminados pelo vírus H5N1, responsável pela gripe aviária e altamente letal.

Chow apresentou hoje os planos de prevenção e de emergência de seu governo diante da ameaça de uma crise biológica deste tipo.

– Por enquanto, temos 3,5 milhões de doses de Tamiflu, o que deveria ser suficiente, com 10 doses para cada paciente, para 350 mil pessoas – sustentou, mas disse que a administração não pode ser feita livremente, sob o risco de o vírus desenvolver uma resistência ao remédio.

Em caso de crise, seria preciso fornecer o medicamento primeiro aos doentes; depois, às pessoas que entraram em contato com eles e, por último, aos trabalhadores que também poderiam estar expostos, como médicos e motoristas de transporte público, segundo Chow.

– Além disso, infelizmente, caso o H5N1 chegue a uma fazenda local, teremos de retirar do mercado todos os frangos de Hong Kong, e então seria preciso administrar o Tamiflu aos funcionários encarregados de matar os animais – explicou.

Chow explicou à que as reservas de Tamiflu são renovadas constantemente, já que a validade do remédio é de três anos, e afirmou que o ideal seria contar em Hong Kong com 20 milhões de doses. A multinacional Roche, incapaz de responder à repentina demanda de seu produto, anunciou semanas atrás que, por enquanto, só venderá o remédio a governos nacionais.

Em Hong Kong, foi detectado em 1997 o primeiro foco de gripe aviária em humanos, com 18 casos e 8 mortes, e o governo teve de sacrificar todos os frangos da cidade, lembrou o secretário.Os hospitais da cidade têm 400 quartos de isolamento biológico e profissionais com experiência epidemiológica, cuja ajuda seria oferecida aos países da região, se necessário.

AGÊNCIA EFE
 
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