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 | 06/12/2005 23h50min

Fundo da pensão da Caixa rebate acusações de CPI

Nota diz que informações divulgadas são precipitadas e sem sustentação técnica

O fundo de pensão Fundação dos Economiários Federais (Funcef), responsável pelo fundo dos funcionários da Caixa Econômica Federal, rebateu as denúncias de que teria tido prejuízo em seus investimentos nos últimos cinco anos. A suspeita foi levantada nesta terça na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios.

De acordo com o Funcef, "são precipitadas e sem qualquer sustentação técnica as informações" da CPI, segundo as quais o fundo teria registrado prejuízos em suas aplicações na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). Além disso, diz a nota, os resultados obtidos pelo fundo "superam os índices de referência para cada tipo de investimento desde 2003". "A Funcef rechaça que tenha sofrido prejuízos de qualquer ordem em aplicações na BM&F durante a atual gestão."

Mais cedo, a Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, também criticou a informação de que haveria irregularidade em contratos de prestação de serviços mantidos pela entidade e também afirma que a rentabilidade do fundo desde 2003 supera as metas obrigatórias que devem ser mantidas.

Leia a seguir a íntegra da nota da Funcef:

Nota da Funcef

"A propósito de informações divulgadas hoje por diversos veículos de comunicação, esclarecemos:

São precipitadas e sem qualquer sustentação técnica as informações, vazadas pela Subcomissão dos Fundos de Pensão da CPMI dos Correios, segundo as quais a Funcef teria registrado prejuízos, durante a atual gestão, em aplicações na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F).

Da forma como os números foram apresentados, é impossível verificar a acurácia e a pertinência da acusação, pois não qualifica adequadamente as operações e nem seleciona aquelas referentes à proteção de carteira. O que se pode depreender, em relação a FUNCEF, é que a CPMI esteja se referindo a operações realizadas por gestores de fundos de investimentos terceirizados - todos, bancos rigorosamente selecionados e que atuam sem interferência da Funcef, conforme a resolução 409 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Da forma apresentada, coloca-se sob suspeita todo o sistema financeiro nacional.

Não tem fundamento a afirmação sobre esses supostos prejuízos, pois não é considerada a rentabilidade de cada fundo de investimento e muito menos a da carteira de renda fixa terceirizada, os quais têm contribuído para que a FUNCEF obtenha resultados que superam os índices de referência para cada tipo de investimento desde 2003.

A Funcef rechaça que tenha sofrido prejuízos de qualquer ordem em aplicações na BM&F durante a atual gestão. E reafirma, mais uma vez, que não opera com nenhuma das corretoras que tiveram seu sigilo quebrado pela CPMI dos Correios. A Fundação prestou à comissão todas as informações sobre o assunto, demonstrando que alcançou resultados na carteira de renda fixa muito acima da meta atuarial e da Selic. Em 2003, a rentabilidade foi de 26,58 % e em 2004, 17,96%.

Uma das primeiras providências da diretoria atual foi procurar o Ministério Público, a CVM e outros órgãos de fiscalização para esclarecer possíveis irregularidades cometidas no passado. Esse trabalho é desenvolvido no momento por 16 auditores da Caixa Econômica Federal, cedidos ao Ministério Público, aos quais a Fundação empresta firme e decidido apoio.

Na presente gestão, a Funcef adotou várias medidas administrativas e financeiras para garantir transparência e lisura em suas operações, ao mesmo tempo em que investiu no aumento da eficiência gerencial. O resultado permitiu, em menos de três anos, dobrar o patrimônio da Fundação, que nesse período alcançou índices de rentabilidade sempre superiores às metas atuariais. Em 2003, a performance ficou 4,7% acima da meta. Em 2004, superou em mais de 10% a meta atuarial.

As críticas injustificadas derivam de suposição equivocada de que atualmente a gestão da Funcef atua da mesma forma que no passado. Assim, reafirmamos nosso compromisso com a legalidade e a ética, reiteramos o apoio a iniciativas que possibilitem tirar a limpo irregularidades praticadas em entidades de previdência e a punir os responsáveis por tais atos, mas condenamos as denúncias inconsistentes e as acusações infundadas, que, em nada contribuem para o desenvolvimento de um mercado de previdência privada sadio e transparente."

AGÊNCIA BRASIL
 
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