Os fiscais agropecuários federais entregaram hoje ao governo federal uma nova proposta para tentar acabar com a greve que já dura 17 dias. Em reunião com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, as lideranças dos grevistas pediram uma gratificação de 55% para a categoria. Eles insistem também que o salário inicial da carreira passe de R$ 2.518  para R$ 4.140 e a remuneração final de R$ 4.021 para R$ 5.902.

O governo já sinalizou com a contratação de novos fiscais agropecuários, além dos já convocados em caráter de emergência, e propôs um reajuste para a categoria de 15% (10 % a partir de janeiro de 2006 e 5% a partir de junho).

– As propostas ainda estão aquém da expectativa. Mas ainda estamos abertos à negociação. Se não houver avanços a greve continua por tempo indeterminado – disse o vice-presidente da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA), Wilson Roberto de Sá, negando que a categoria esteja descumprindo as liminares da justiça que obrigam o retorno ao trabalho e o efetivo obrigatório de 30% para os serviços emergenciais.

Por causa da paralisação da maioria dos 3,5 mil fiscais, a ANFFA estima que o Brasil já deixou de faturar mais de US$ 1 bilhão  Como as certificações sanitárias e de qualidade não podem ser emitidas, muitos produtos que seriam exportados ficam parados em portos, aeroportos e áreas de fronteira.