Em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Correios, a ex-presidente da Brasil Telecom Carla Cicco reafirmou que a empresa nunca mandou espionar ninguém. A empresa de consultoria de risco Kroll, segundo ela, foi contratada de forma ética para levantar informações sobre a concorrente Telecom Itália. As informações seriam usadas em processo judicial que a Brasil Telecom moveria na Itália ou nos Estados Unidos contra o grupo italiano.

A ex-presidente também reafirmou que todos os contratos firmados entre a Brasil Telecom e as agências de publicidade DNA e SMPB, do empresário Marcos Valério de Souza, passaram por auditoria externa. Tudo estava correto, garantiu Cicco.

Os valores dos contratos entre 2003 e este ano, de acordo com a ex-presidente, foram de R$ 4,5 milhões. A informação, porém, foi contestada na comissão. "Informações que tenho dizem que o valor chegou a R$ 50 milhões", rebateu o deputado Maurício Rands (PT-PE).