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 | 14/11/2005 17h20min

Dólar interrompe seqüência de quedas e sobe 2,13%

Alterações de regras dos leilões de swap reverso impulsionaram valorização

Depois de 10 dias consecutivos de queda, o dólar à vista recuperou boa parte das perdas nesta segunda-feira de poucos negócios. A moeda americana fechou em alta de 2,13%, valendo R$ 2,207 na compra e R$ 2,207 na venda. O principal combustível da valorização do dólar foi o anúncio feito sexta-feira pelo Banco Central alterando regras dos leilões de swap cambial reverso. O BC anunciou que essa modalidade de leilão poderá acontecer a qualquer dia da semana, e não apenas às quartas-feiras, como determinava a regra anterior.

O curioso é que essa operação, que na prática equivale a uma compra de dólares por parte do BC, não é realizada desde março. A leitura do mercado é que os leilões serão retomados. Além da pressão compradora exercida pelos leilões, a incerteza sobre o dia em que o BC atuará deve ser outra fonte de pressão sobre o dólar.

O cenário político também foi fator importante. As especulações em torno da permanência do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, continuaram. Denúncias na imprensa, investigação parlamentar e críticas da ministra Dilma Roussef estão entre os fatores de desgaste.

Mas o dia também teve boas notícias. A balança comercial continua forte e as exportações nacionais passaram de US$ 100 bilhões no ano, número inédito no comércio exterior brasileiro. O saldo da balança comercial já ultrapassa os US$ 48 bilhões.

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em alta, acompanhando a depreciação do restante do mercado. A principal notícia do dia para o mercado de juros foi o aumento das projeções de inflação para este ano, revelado pelo Boletim Focus, do Banco Central. Segundo a pesquisa, os bancos elevaram de 5,33% para 5,52% a expectativa para o IPCA deste ano. Já a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano foi reduzida para 3,20%, contra 3,30% da semana passada.

As previsões do mercado são uma das variáveis observadas pelo Banco Central na hora de decidir sobre os juros básicos da economia. E elevação da estimativa de inflação pode sugerir cautela por parte do Comitê de Política Monetária (Copom) na hora de reduzir os juros.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril de 2006 fechou com taxa de 17,77% ao ano, contra 17,71% do fechamento de sexta-feira. O DI outubro teve a taxa elevada de 17,26% para 17,37% anuais. A taxa do DI de janeiro de 2007 subiu de 17,12% para 17,29% anuais. A taxa Selic é hoje de 19% anuais.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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