| 18/12/2001 20h30min
A Aliança do Norte, que expulsou os talibãs de Cabul em 13 de novembro, deixará de existir dentro de quatro dias, declarou nesta terça-feira, em Islamabad, capital do Paquistão, o enviado especial americano para o Afeganistão, James Dobbins. Segundo Dobbins, a posse, no próximo sábado, do governo interino liderado por Hamid Karzai, um chefe tribal patane, marcará o fim da Aliança do Norte. O enviado dos EUA anunciou também que Karzai iniciou contatos com o vizinho Paquistão, considerado como o padrinho da deposta milícia Talibã. As relações entre a Aliança do Norte e o Paquistão sempre foram tensas e a Aliança acusou os serviços secretos paquistaneses de ter participado no atentado que custou a vida do chefe da oposição armada aos talibãs, o comandante Achmad Massud, assassinado em 9 de setembro passado. Coalizão de minorias étnicas, principalmente do norte do Afeganistão, a Aliança do
Norte derrubou o regime do Talibã liderado pelo mulá Mohamed
Omar com a ajuda dos bombardeios americanos. Dobbins acrescentou que Karzai está preocupado em responder às preocupações do Paquistão sobre o futuro das relações bilaterais. Karzai foi recebido nesta terça em Roma pelo primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. Magnata das comunicações, Berlusconi prometeu US$ 38 milhões ao Afeganistão e ajuda para instalar emissoras de televisão e de rádio no país da Ásia Central. A agenda de Karzai incluía também um encontro com o ex-rei exilado afegão, Mohammad Zahir Shah, que vive em Roma desde 1973.
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