| 07/12/2001 19h35min
O Talibã se rendeu nesta sexta-feira, dia 7, exatamente dois meses depois do início da campanha militar norte-americana no Afeganistão, mas seu líder supremo, o mulá Mohamed Omar deixou a cidade de Kandahar e não foi encontrado. Kandahar, feudo do regime talibã no sul do país, onde morava Omar, passou para as mãos dos mujahedin (guerreiros islâmicos) antitalibãs, em virtude do acordo de rendição definido pelo patane Hamid Karzai, designado como o futuro primeiro-ministro do governo de transição afegão.
No Leste do país, os combatentes da rede terrorista Al-Qaeda, dirigida por Osama bin Laden, continuam oferecendo uma grande resistência aos mujahedins. Washington descartou o perdão ao mulá, e Karzai sustentou que ele deveria ser julgado por haver apoiado o terrorismo até o final. Kenton Keith, porta-voz da coalizão antiterrorista em Islamabad, no Paquistão, manifestou dúvidas sobre a passagem de poder em Kandahar. Segundo ele, os aviões norte-americanos continuarão bombardeando alvos no Afeganistão até que seja alcançado o objetivo da coalizão (dirigida pelos Estados Unidos). Esses objetivos são a derrota total do Talibã, a captura do mulá Omar, a prisão de Osama bin Laden e a destruição da organização Al-Qaeda.
As outras províncias controladas pelos talibãs, Helmande Zabul, no Sul, também caíram às mãos da oposição. Agora, os Estados Unidos podem se concentrar na neutralização de bin Laden e de seus seguidores, que estariam escondidos no labirinto de cavernas e túneis subterrâneos de Tora Bora, no leste do Afeganistão.
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