| 09/03/2004 09h42min
O ministro da Economia argentino, Roberto Lavagna, disse nesta terça, dia 9, que é favorável ao pagamento da parcela de R$ 3 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Lavagna garante que defendeu a posição em reunião com o presidente Néstor Kirchner e explica que teme que a decisão retire a Argentina do programa do fundo.
A Argentina se prepara nesta terça para um último esforço de chegar a um acordo com o FMI e evitar o segundo calote na dívida com o organismo em seis meses. A manobra, conhecida como "default", debilitaria a já abalada relação do país com o mundo financeiro, embora analistas estimam que a crise não teria vida longa.
Kirchner luta contra o relógio para alinhar seus interesses com as demandas do Grupo dos Sete países mais industrializados do mundo (G7), que quer que o país acelere a renegociação com investidores de sua dívida em "default" de US$ 88 bilhões. As discussões entre o governo e os técnicos do FMI se estenderam até tarde da noite desta segunda, quando o organismo enviou uma lista de condições que exige para aprovar a segunda revisão do acordo assinado com o país em setembro passado.
Sem uma garantia de que o fundo aprovará a revisão, Kirchner – que tem uma popularidade de 70% obtida com uma dura retórica anti-FMI, entre outras coisas – assegurou que não pagará nesta terça uma dívida de US$ 3,1 bilhões com o organismo. A Argentina tem até as 19h (horário de Brasília) para realizar o pagamento.
As informações são da agência Reuters.
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