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 | 03/07/2013 22h46min

"A questão da mobilidade urbana é um fenômeno da cidade, não é uma questão direta com a UFSC", diz Roselane Neckel

Reitora da UFSC informou que na próxima semana deverá ter reunião com prefeitura para debater projeto de ciclovias

Gabrielle Bittelbrun  |  gabrielle.bittelbrun@diario.com.br

A reitora da UFSC, Roselane Neckel, explica que a instituição deve tratar com a prefeitura, na próxima semana, medidas para facilitar a mobilidade e aumentar a segurança dos estudantes que se locomovem até a universidade.

Diário Catarinense — O que a UFSC tem feito para evitar acidentes com ciclistas no entorno da universidade?

Reitora Roselane Neckel — A questão da mobilidade urbana é um fenômeno da cidade, não é uma questão direta com a UFSC, é uma questão de via pública. É lamentável o ocorrido (o acidente com a estudante no acesso à universidade na última segunda-feira), como é lamentável o acidente com um professor da Udesc no bairro Santa Mônica. São questões que nos preocupam há muito tempo. Temos um projeto de ciclovias que foi concluído no final do ano passado. Já havíamos apresentado a proposta para a prefeitura de Florianópolis e na próxima semana, deveremos apresentar esse projeto para apressar o processo de implementação. Mas já tínhamos essa preocupação. Estamos há 14 meses na gestão e estamos marcando reuniões sobre isso. A UFSC pretende contribuir com a cidade e com a prefeitura em relação à mobilidade.

DC — Mas o que prevê esse projeto?

Roselane — O projeto é feito com o apoio do Banco do Brasil e envolve recursos que não tínhamos antes. Uma das nossas proposições é a aproximação com a prefeitura para buscar uma solução para a implantação da ligação da UFSC com o campus da Udesc e com o Córrego Grande.

DC — Já há previsão de quando será feita essa aproximação?

Roselane — Na próxima semana, na terça-feira, já vamos conversar para ver como será essa parceria financeiramente. Isso já estava sendo dialogado antes do acidente.

DC — E por que os planos de ciclovia no entorno da UFSC não foram implantados antes?

Roselane — Isso envolve muito recurso financeiro e não tínhamos isso. Pretendemos ver com o Ministério das Cidades, gerar recurso, mas isso leva tempo e a prefeitura de Florianópolis ainda está reorganizando a estrutura. Para fazermos uma intervenção dessa, precisamos de apoio da prefeitura, não podemos interferir em vias públicas, até as ruas internas da UFSC são de responsabilidade da prefeitura.

DC — O que a UFSC solicitou à prefeitura, para aumentar a segurança no entorno da universidade?

Roselane —
Chegamos a solicitar à prefeitura, na época da gestão anterior, questões como o fechamento da rua que liga a Lauro Linhares com a que passa em frente à Igreja, porque isso produz muitos acidentes, a colocação de faixa de segurança em frente ao CCJ e à reitoria. Na rótula próxima à Igreja, pedimos o afastamento de um metro para dentro da faixa de segurança, o que não teria adiantado no caso da Lylyan (que sofreu o acidente na última segunda-feira). Mas tudo isso também envolve projeto, não se faz de um dia para o outro. O fluxo de automóveis tem aumentado assustadoramente e é preciso um projeto desenvolvido para incluir pedestre, ciclista. Isso tanto para eles como para nós é prioridade, mas leva tempo.

DIÁRIO CATARINENSE

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