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 | 16/01/2012 18h23min

Estaca da Ponte Hercílio Luz que afundou é visualizada pela primeira vez

Coluna foi fotografada por mergulhadores a 35,40 metros de profundidade

Aline Rebequi  |  aline.rebequi@diario.com.br

A estaca que afundou na quarta-feira, 11,  e que era usada na restauração da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, foi visualizada e fotografada pela primeira vez na manhã deste domingo. Uma equipe de mergulhadores utilizou uma máquina fotográfica com infravermelho e a embarcação experimental Roaz 1 ofereceu as coordenadas para se chegar até a estrutura.

A estaca foi visualizada intacta e deitada no fundo do mar a uma profundidade de 35,40 metros. As informações quanto à posição exata da coluna só serão divulgadas oficialmente após a conclusão da perícia, prevista para ocorrer até o final desta semana.

O trabalho faz parte da investigação realizada pelo Consórcio Florianópolis Monumento, responsável pela obra, para apurar as causas da queda da coluna e se ela poderá ou não ser recuperada.

A perícia feita no pilar também irá apontar se será necessário analisar as outras três colunas, fixadas numa mesma profundidade a 44,40 metros — 5,40 para fora do mar, 30m em lâmina de água, 0,70 cm de areia e 8,30 de área rochosa. O resultado da investigação pode definir quem pagará o prejuízo, estimado em R$ 1 milhão. Caso seja confirmado falha por parte da empresa, ela deve arcar com o gasto extra, senão, o governo deve acionar o seguro.

A restauração da Ponte Hercílio Luz começou em 2009. Até agora, apenas as cabeceiras estão concluídas. Para apoiar o vão central, o Consórcio Florianópolis Monumento trabalha na colocação de 16 estacas. Destas, apenas nove foram finalizadas. A estaca que afundou foi a primeira a ser colocada embaixo da Ponte e era a estrutura mais próxima do lado insular de Florianópolis.

Segundo o presidente do Deinfra, Paulo Meller, o incidente não causará atrasos na restauração.

Primeiro trabalho do Roaz 1

A embarcação experimental conhecida como Vantna (Veículo Autônomo Não-Tripulado de Navegação Autônoma) pode prever catástrofes ambientais, condições climáticas em ambientes aquáticos, monitoramento e temperatura da água. Seu primeiro teste ocorreu em fevereiro do ano passado e o primeiro trabalho no fundo mar foi para dar a localização exata da estaca desaparecida.

O barco, em forma de golfinho, não carrega tripulação e o comando ocorre em terra por um controle remoto. O Roaz 1 foi construído com fibra de compensado e revestido com isopor.

Emerson Souza / Agencia RBS

Coluna desapareceu na quarta-feira, 11
Foto:  Emerson Souza  /  Agencia RBS


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