O contrato aditivo para construir o contorno viário de Florianópolis de acordo com o antigo traçado vai impactar no valor do pedágio na BR-101 Norte. A afirmação é do superintendente da Autopista Litoral Sul, Paulo Mendes Castro, que, nesta quarta-feira, não soube informar o quanto a tarifa pode aumentar. Atualmente o valor é de R$ 1,40 para carros.

Após um ano de reivindicações de lideranças catarinenses, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aceitou, na terça-feira, assinar um aditivo com a Autopista Litoral Sul para construir o anel viário conforme o traçado original: do km 175, em Biguaçu, ao km 222, em Palhoça, além de mais quatro quilômetros.

Por estar previsto no contrato assinado em 2008, a construção do contorno entre os kms 196 ao 220 não pode influenciar no valor do pedágio. Como os 51 quilômetros remanescentes não fazem parte do acordo, esses deverão ser arcados pela taxa.

De acordo com Castro, não é possível confirmar o quanto o pedágio pode aumentar porque o projeto do trecho extra nem começou. O custo do projeto contratado — entre os kms 196 e 220 — é de R$ 250 milhões.

— Significará muito pouco na tarifa porque o valor será diluído nos próximos 20 anos de concessão —  pondera o superintendente da autopista.

Duas etapas

A ideia da ANTT é fazer o contorno em duas etapas. A primeira é construir entre os kms 196 e 220, conforme a atual proposta, que já tem pedido de licenciamento protocolado no Instituto de Meio Ambiente (Ibama).

Depois seria acrescentada o restante da extensão. O traçado original foi projetado, em 1998, pelo DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem — atual Dnit), mas a proposta chegou mais curta para a autopista em 2008, quando assumiu a concessão da rodovia. A conclusão da obra está prevista para 2015.