Representantes de Santa Catarina estarão em Brasília para buscar soluções à truncada mobilidade urbana da Grande Florianópolis. Dois assuntos serão debatidos: a chamada rodoanel de Florianópolis e o sistema viário da quarta ponte.

Nesta terça-feira, uma comitiva de prefeitos, empresários e o Fórum Parlamentar Catarinense se encontrarão com diretores da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para cobrar o contorno viário da BR-101 entre Biguaçu e Palhoça.

O objetivo é deslocar o tráfego pesado e de longas distâncias da área urbana da região. A reclamação é sobre a mudança do traçado, que seria entre os kms 175, em Biguaçu, e 222, em Palhoça, mas foi reduzido para os kms 196,1 e 220.

 A munição dos prefeitos para exigir o antigo projeto será o acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU), que questiona a alteração e aponta perdas em relação à segurança, economia e conforto dos usuários, além de não atender as necessidades atuais e futuras da Grande Florianópolis.

O sistema viário da quarta ponte, que prevê ligar uma nova travessia na Beira-Mar Norte a Biguaçu, será tratado na quarta-feira. O governador, Raimundo Colombo, e o secretário de Estado de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, vão pedir a ministra Miriam Belchior que agilize a autorização da cessão da área de marinha ao Estado.

A ideia do governo é permutar um terço do terreno de 3 milhões de metros quadrados — a ser aterrado — com a iniciativa privada em troca da construção do projeto. Colombo e Cobalchini querem o apoio de Miriam para articular junto à Superintendência do Patrimônio da União (SPU), ligada ao ministério.

Isso porque a superintendente do órgão em Santa Catarina, Isolde Spíndola, já demonstrou que não seria tarefa fácil para o Estado conseguir a liberação. O governo tenta, inclusive, contar com a presença da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, na audiência.