Conteúdo: floripatequerobem | 07/10/2011 15h54min
O tenista Gustavo Kuerten, ex-número um do mundo, ficou surpreso e satisfeito com a repercussão de suas declarações veiculadas na edição de 4 de outubro do Diário Catarinense. Na entrevista para o subeditor de Esportes do DC, Olavo Moraes, Guga se mostrou preocupado com o futuro da Capital e cogitou a possibilidade de deixar a cidade nos próximos anos.
Durante a entrevista coletiva para promover o jogo exibição com o espanhol Carlos Moyá, neste sábado, Guga falou sobre o assunto:
— Eu acho que a repercussão foi excelente. Não esperava. Era um negócio que estava adormecido entre as pessoas e era uma necessidade falar. Todo mundo sente a diferença de como era Floripa antes e como está agora — avaliou.
O tricampeão de Roland Garros disse que considera a questão "super fundamental" e continua achando Florianópolis a cidade mais bonita do mundo, mas que não quer ver a Capital tomando o rumo do Rio de Janeiro, outra cidade conhecida pelas suas belezas naturais e que tem convivido com problemas graves. Por isso, defende um planejamento para a Capital.
— Tomara que (as declarações) sirvam para não deixar chegar a uma situação de calamidade. É urgente que se pense o que vai acontecer em Floripa daqui a cinco ou 10 anos — explicou.
Para Guga, não é só as praias que estão ameaçadas, mas sim a forma de viver das pessoas, prejudicada por problemas como a criminalidade, a falta de mobilidade, entre outros.
— Não é só as praias. O diferencial de Floripa é a essência da cidade, a forma de viver das pessoas. Tem que haver planejamento para não se deixar levar pelo ímpeto do desenvolvimento. Eu mesmo, moro no Santa Mônica, onde todas os dias são assaltados 10 carros por noite — conta Guga, que ainda se imagina jogando dominó em plena Praça XV, no Centro da Capital.
O ídolo também ressaltou que as declarações foram feitas com base na própria observação dos fatos e experiência, já que antes todo o foco estava voltado para o circuito profissional de tênis e não poderia ser desviado.
— Eu tenho a sorte que minha família me deu condições para escolher o que eu quisesse fazer depois de parar. É um desafio. A gente tem que se unir, as forças públicas têm que estarem envolvidos. Sou movido a ilusões e desafios. Mas vou ter que me dosar uma pouco porque senão minha mulher e minha filha vão me puxar as orelhas — completou Guga, sempre com bom humor.
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>>> Assista à entrevista de Guga:
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