| 11/10/2005 15h30min
A Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo devem convocar o árbitro Paulo César de Oliveira e a assistente Ana Paula de Oliveira a prestarem depoimento no processo de investigação sobre a Máfia do Apito. De antemão, tanto a PF quanto o MP descartaram qualquer envolvimento de ambos no esquema que fraudava resultados dos campeonatos Paulista e Brasileiro.
Segundo o promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), José Reinaldo Guimarães Carneiro, Paulo César e Ana Paula podem apenas prestar esclarecimentos sobre a escola de arbitragem mantida por Paulo José Danelon, um dos pivôs da quadrilha.
– Apenas convocamos os dois para saber a respeito da escolinha de arbitragem do Paulo José Danelon. A Ana Paula e o Paulo César fizeram palestras nessa escola e podem nos dar algumas informações – afirmou Carneiro.
O promotor aproveitou para esclarecer que, dentro do universo da arbitragem, a investigação limita o envolvimento na corrupção apenas a Paulo José Danelon e Edílson Pereira de Carvalho. Além dos réus confessos, a promotoria já ouviu o árbitro Romildo Correa e marcaram para esta terça o depoimento do ex-juiz José Paulo Araújo. Ambos teriam sido convidados para participar do esquema, mas recusaram.
Sobre as últimas declarações de Edílson, envolvendo Armando Marques e Reinaldo Carneiro Bastos, o promotor disse que como há outros nomes envolvidos, existe a possibilidade de um novo depoimento do ex-árbitro.
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