| 02/12/2001 18h01min
É verdade que o Inter entrou em campo neste domingo sem depender apenas de si para conquistar vaga às quartas-de-final. Na última rodada da fase classificatória, o colorado precisava vencer o já eliminado Cruzeiro no Mineirão e ainda torcer por uma derrota do São Paulo ou um empate do Bahia. Mas, neste domingo, nenhuma das combinações se confirmou: em campo, os gaúchos fizeram feio e acabaram goleados por 4 a 2 pelos mineiros, e os adversários pela vaga, que deveriam tropeçar, venceram – o Bahia bateu o Sport por 1 a 0, e o São Paulo fez 3 a 0 no Atlético-MG. Assim, o Inter se despede do Brasileirão e volta a se concentrar nas eleições para a presidência, cujo segundo turno deve ser confirmado para o dia 14 de dezembro.
Se as circunstâncias não ajudaram, dentro das quatro linhas os colorados fizeram muito pouco, quase nada para merecer um lugar entre os oito melhores do Campeonato Brasileiro. Principalmente no primeiro tempo, o time treinado por Carlos Alberto Parreira (foto) foi displicente, pouco aplicado e pecou demais no posicionamento defensivo. Para quem assistiu à partida, não parecia que a classificação era o que estava em jogo. O primeiro gol sofrido pelo Inter veio logo aos 10 minutos da etapa inicial, em uma tentativa de linha de impedimento muito infeliz dos zagueiros Ronaldo e Gilmar Lima. Aproveitando a paralisia momentânea dos defensores colorados, o atacante Adriano Chuva, aquele que pertenceu ao Juventude, agradeceu o lançamento de Sorín e, livre na cara do gol, só teve o trabalho de desviar de Hiran. Cinco minutos depois, Bruno, de péssima jornada, perdeu a bola para Sorín – o lateral argentino cruzou na área para Leonardo estufar a rede, aumentando o prejuízo.
O colorado descontou em um lance de bola parada, uma vez que o centroavante Luiz Cláudio praticamente não foi acionado, e Fabiano esteve muito pouco inspirado. E surgiu nos pés do melhor jogador do Inter no domingo: Wederson. O lateral-esquerdo, tantas vezes contestado, deu um show de aplicação e criou as melhores chances. Foi assim aos 26 minutos, quando cobrou falta com perfeição no canto esquerdo do goleiro Jeferson. Logo depois, porém, a zaga colorada voltou a falhar e a entregar o gol de mão beijada, novamente, a Leonardo. A fatura foi liquidada aos 36 minutos, quando Bruno deixou para Leonardo uma bola que era sua. O Inter ainda esboçou uma reação no final do primeiro tempo, quando Jackson fez o seu gol, de cabeça, insuficiente para reverter o placar, pouco para injetar novo ânimo no grupo. Veio o segundo tempo e nada mudou: mais uma vez, o Inter está fora de uma decisão.
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