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Dólar abre em forte alta de 0,97%, vendido a R$ 2,989

O dólar comercial abriu esta sexta, dia 20, em alta de 0,97%, cotado a R$ 2,979 na compra e R$ 2,989 na venda. O nervosismo de quinta com os desdobramentos da crise política deve novamente tomar conta do mercado nesta sexta, véspera de feriado de carnaval. Os investidores devem continuar se desfazendo de suas posições compradas em ações, de acordo com os analistas.

Nesta sexta uma nova revelação está sendo divulgada pela revista Época. De acordo com a reportagem, o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República Waldomiro Diniz fez tráfico de influência no ano passado, quando já estava no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Na sexta 13 a Época já havia divulgado o conteúdo de uma fita de vídeo em que Waldomiro aparece cobrando contribuições de campanha e propina do bicheiro Carlos Augusto Ramos.

O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e o ministro do Planejamento, Guido Mantega, estão reunidos nesta manhã com o presidente Lula para avaliar as denúncias de Época.

Com receio de novas revelações, tesourarias de bancos e gestores de fundos correram para se desfazer dos papéis. O cenário político levou o dólar a fechar a quinta em alta pela quinta vez consecutiva, atingindo o maior preço desde o início de setembro. A moeda americana subiu 0,61% e fechou cotada a R$ 2,958 na compra e R$ 2,960 na venda. Desde 3 de setembro que a cotação não atingia o patamar dos R$ 2,96.

Segundo operadores, a pressão sobre o dólar teria sido ainda mais forte, ontem, não fosse o bom desempenho das operações ligadas à exportação. No exterior, as perspectivas mudaram um pouco.Os títulos da dívida externa voltaram sofrer ordens de venda, levando o risco-país a se aproximar dos 600 pontos.

O C-Bond fechou a quinta-feira em queda de 1,11%, cotado a 94,12% do seu valor de face. O Global 40, bônus global de 40 anos, terminou o dia em baixa de 1,86%, a 105,25% do seu preço. O risco-país brasileiro, em conseqüência, fechou em alta de 4,99%, aos 589 pontos-base.

O mercado também fica na expectativa em relação a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que será divulgada na próxima semana, depois do carnaval. Na última quarta o BC não deu justificativa para a manutenção da taxa básica de juro, a Selic, em 16,5% ao ano, como costuma fazer. A autoridade monetária simplesmente divulgou o resultado sem dar esclarecimentos.

Com informações da Globo Online.


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