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 | 14/01/2004 10h22min

IPCA de Porto Alegre em 2003 registra variação de 9,51%

Média nacional atingiu 9,3%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2003 com acréscimo de 9,51% em Porto Alegre, contra variação de 13,15% no período anterior. Em dezembro a variação foi de 0,72% na capital gaúcha, acima dos 0,52% apurados no país. A média nacional do ano ficou em 9,3%, resultado mais elevado em relação aos 12,53% apresentados em 2002.

Os números são abribuídos principalmente à boa safra de produtos agrícolas e à menor influência do dólar sobre os preços ao consumidor. Embora o índice tenha ficado abaixo do registrado no ano anterior, ultrapassou a meta do Banco Central para 2003, estipulada em 8,5%. Pelo terceiro ano o país não consegue cumprir o objetivo.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os ítens que provocaram maior impacto sobre o índice do ano foram os aumentos das tarifas de ônibus urbanos (20,95%, representando 0,97 ponto percentual do IPCA), as tarifas de energia elétrica (21,31%, somando 0,88 ponto percentual ao índice) e o telefone fixo (19,10%, com peso de 0,57 ponto percentual sobre o IPCA 2003).

O grupo Alimentos apresentou variação inferior à média do índice, ficando em 7,48%. O aumento ficou concentrado no primeiro semestre, quando os preços subiram em média 6,48%. Os combustíveis também não pressionaram o índice neste ano, com variações que não chegaram a 3%.

O maior índice regional de 2003 foi registrado em Belo Horizonte (11,18%), tendo em vista a alta das tarifas de energia elétrica (44,06%) e de ônibus urbanos (26,09%), responsáveis por 2,93 pontos percentuais do índice. O menor índice ficou com Curitiba (7,33%).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou o ano de 2003 com taxa de 10,38%, com 0,54% de dezembro. Em 2002 o resultado do ano foi de 14,74% e o do mês de dezembro, de 2,70%. Em Porto Alegre o índice variou 9,83% no ano e 0,63% em dezembro.

Em 2003 os alimentos tiveram no Brasil alta de 7,17% e os não alimentícios, de 11,88%, enquanto em 2002 os alimentos tiveram alta três vezes maior (21,52%), embora os não alimentícios tenham registrado taxa semelhante (11,82%).

O IPCA calculado pelo IBGE refere-se às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte; o INPC é calculado pelo IBGE com dados referentes às famílias com rendimento monetário de um a oito salários mínimos, sendo o chefe assalariado.

 

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