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O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta segunda, dia 15, políticas monetária e fiscal prudentes são essenciais no novo acordo com o Brasil, aprovado na sexta, que prevê a liberação de cerca de US$ 6,6 bilhões em recursos novos para o país.
Segundo o Fundo, a economia brasileira está retomando fôlego e deverá crescer no próximo ano 3,5% – em linha com as previsões do mercado. Para este ano, o FMI prevê crescimento não superior a 0,6%.
–Após a performance decepcionante no início deste ano, existem agora claros sinais de que a demanda doméstica começou a se recuperar – disse Horst Köehler, diretor-gerente do Fundo em comunicado.
Além da extensão do acordo até o final do próximo ano, a diretoria do Fundo aprovou a quinta e última revisão do acordo atual, e liberou mais uma parcela de cerca de US$ 8,2 bilhões para o Brasil.
– Contudo, tendo em vista a melhora do balanço de pagamentos, as autoridades indicaram que não pretendem fazer novos saques – disse o Fundo no comunicado.
O governo brasileiro, desde a proposição do acordo no início de novembro, tem dito que o programa tem caráter preventivo. O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou que o objetivo era proteger a economia contra eventuais turbulências financeiras.
O acordo prevê também o rescalonamento dos prazos de pagamento de obrigações de 2005 e 2006, além de uma série de medidas estruturais para impulsionar e sustentar o crescimento no Brasil.
– Isso inclui medidas para reduzir os spreads bancários, aumentar a intermediação financeira e melhorar as condições dos negócios, além de medidas preparatórias para aumentar a flexibilidade do orçamento – afirmou Köehler em comunicado.
O Fundo disse ainda que o governo pretende continuar melhorando o perfil da composição da dívida interna, reduzindo a sua vulnerabilidade. Os detalhes da administração da dívida pública para 2004 ainda estão sendo finalizados e serão publicados em janeiro. Todo o início do ano, o Tesouro Nacional anuncia um plano de administração da dívida pública interna.
O FMI afirmou que o Brasil pretende manter os objetivos de reduzir a proporção da dívida indexada ao câmbio e de títulos pós-fixados, e aumentar a proporção dos papéis com juros prefixados e atrelados à inflação.
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