Política | 24/11/2010 23h54min
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O promotor Maurício Lopes pediu à Justiça que o deputado eleito Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o humorista Tiririca, seja condenado a cinco anos de prisão. Essa é a pena máxima para o crime de falsidade ideológica, do qual é acusado.
Nesta quarta-feira, Lopes apresentou suas alegações finais na ação movida contra Tiririca que tramita na 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. De acordo com o promotor, Tiririca cometeu o delito porque teria entregue à Justiça Eleitoral declarações falsas sobre sua alfabetização e sobre a propriedade de bens.
A lei prevê que a punição por falsidade ideológica pode ir de um a cinco anos de reclusão.
— Pedi a condenação na pena máxima tendo em vista a repercussão social do crime e a natureza da falsificação, que foi feita para produzir uma fraude eleitoral de rumorosa consequência jurídica e social — afirmou Maurício Lopes.
Junto às alegações finais, o promotor apresentou à Justiça um parecer de uma fonoaudióloga do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo. Ela acompanhou a audiência na qual Tiririca foi submetido a um teste de ditado e leitura. O parecer aponta que o deputado eleito apresentou sérias dificuldades no teste e pode ser classificado como analfabeto funcional.
"O leitor que lê apenas decifrando letras e não interpretando o que foi lido ou que escreve apenas reproduzindo palavras copiadas ou ditadas é o que chamamos de analfabeto funcional", afirma o parecer.
A defesa do humorista afirma que ele tem a alfabetização exigida pela legislação e não cometeu o delito de falsidade ideológica.
A defesa do humorista afirma que ele tem a alfabetização exigida pela legislação e não cometeu o delito de falsidade ideológica
Foto:
Evelson de Freitas/Agência Estado
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