Eleições | 21/10/2010 23h01min
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Um dia depois de o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, ter sido atingido na cabeça durante uma caminhada na zona oeste do Rio de Janeiro, a petista Dilma Rousseff também foi hostilizada ao fazer campanha em Curitiba.
Dilma foi alvo de três bexigas cheias de água atiradas por pessoas que estavam em prédios comerciais no calçadão da rua 15 de Novembro, na área central da capital paranaense. Nenhum dos balões atingiu a candidata, mas acabaram molhando apoiadores que participavam do ato, acompanhada por cerca de 2 mil pessoas. Uma pessoa não identificada tentou acertar Dilma com uma bandeira, mas também não conseguiu atingi-la.
Depois do susto, a presidenciável discursou rapidamente e cometeu uma gafe ao chamar o Paraná de Pará. Ela se corrigiu na sequência, ao ouvir as primeiras vaias. Dilma recebeu um manifesto de apoio de professores da Universidade Federal do Paraná e prometeu, se eleita, ampliar os investimentos na rede pública de ensino superior.
No início da tarde, participou de carreata em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e embarcou para o Rio Grande do Sul. A candidata só falou sobre o episódio ao desembarcar em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Dilma usou a mesma analogia feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
— Não sou o (goleiro Roberto) Rojas para ficar fazendo firula com isso — afirmou.
Ela defendeu que a campanha não pode se pautar por "agressão nem tendências de criar factoides" e aproveitou para alfinetar o adversário tucano. Para a petista, a culpa do acirramento da campanha e dos episódios de agressão contra ela e Serra seria "da direita".
— Há um método muito tradicional na política conservadora de direita, que é criar fatos e acusar o lado de lá de violência. É típico de campanha direitista — acusou.
A presidenciável participou de uma caminhada de cerca de 30 minutos pelo centro de Porto Alegre. Subiu em um carro, no qual desfilou pelas ruas ao lado do recém-eleito governador do Estado, Tarso Genro, e de lideranças políticas de partidos aliados, inclusive nomes que não a apoiaram no primeiro turno.
Vidro do jipe aparece molhado na imagem. Candidata procura quem teria jogado a bexiga cheia de água
Foto:
Jonathan Campos, Gazeta do Povo
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