No programa eleitoral obrigatório desta terça-feira, o candidato tucano à Presidência, José Serra, focou em propostas para a educação, saúde e infraestrutura, mas não deixou de comparar seu currículo ao da concorrente, Dilma Rousseff (PT).

— A única vez em que a Dilma não teve chefe nenhum foi quando ela teve uma loja de brinquedos em Porto Alegre, e sabe o que aconteceu? — questiona o narrador do programa.

— A loja fechou — responde a si mesmo, ao completar que "ela [Dilma] não vai dar conta".

O tucano reapresentou propostas como a criação de 1 milhão de novas vagas no Ensino Técnico e a formação de 500 mil técnicos em enfermagem. Outro tema abordado foi o ProTec, chamado por Serra de "ProUni do Ensino Técnico", uma ajuda em dinheiro "para o jovem estudar e aprender uma profissão".

Na saúde, o candidato prometeu a construção de policlínicas em todo o país e mostrou a implantação dos Ambulatório Médicos de Especialidade (AMEs) no Estado de São Paulo. 

Para a infraestrutura, Serra voltou a prometer a construção de metrôs em Salvador, Fortaleza e Belo Horizonte e a duplicação da BR-101, em Santa Catarina.

No programa de Dilma, o foco voltou a ser as privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso. A campanha petista afirmou que Serra pensa em "privatizar o pré-sal" e se mostra como opção para "seguir não privatizando".

Em depoimento, Dilma falou sobre o trabalho da mulher:

— A gente [mulher] olha o processo inteiro, do início ao fim, quase analiticamente. Acho que os homens são mais sintéticos — disse a presidenciável.

No programa, também falou-se sobre projetos para a área da saúde no país. A candidata prometeu a construção de 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no país.

Governadores eleitos e reeleitos prestaram depoimento de apoio à candidata. Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco, apresentou Dilma como "amiga de Lula e do nordeste".

O cantor Gilberto Gil, que apoiou Marina Silva (PV) no primeiro turno, também manifestou seu voto a Dilma.