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Eleições  | 12/10/2010 14h59min

Em Brasília, Dilma diz que não foi agressiva em debate

Candidata petista prometeu implementar políticas de valorização das crianças caso eleita

Atualizada às 15h29min

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, usou nesta terça-feira um jogo de palavras para afirmar que sua campanha não está mais agressiva, embora a mudança de estratégia tenha sido definida pelo governo e por dirigentes do PT pouco antes do debate de domingo, com o concorrente do PSDB, José Serra, na TV Bandeirantes.

Ao participar de uma atividade com mães e crianças, em Brasília, Dilma disse que a campanha, agora, é mais "assertiva" porque ela decidiu reagir ao que chamou de "central de boatos".

— Eu fui atacada de forma clara. Há um mês, a fala da senhora Mônica Serra contra mim foi, de fato, um absurdo notório. Ela dizia: 'Dilma é a favor de matar criancinhas' — afirmou a candidata do PT, pouco antes de conversar com meninas e meninos, em homenagem ao Dia das Crianças.

Dilma se referia à reportagem da Agência Estado, segundo a qual a mulher de Serra tentou demover um eleitor evangélico de votar nela. Ao visitar Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no dia 14 de setembro, Mônica afirmou ao vendedor ambulante Edgar da Silva, de 73 anos, que a petista era a favor do aborto e, portanto, de "matar criancinhas".

— Minha diretriz é conversar com a população, de fato. Não só ir para eventos, para agitação de bandeiras — comentou Mônica, à época, ao explicar como fazia campanha para Serra.

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, disse que Dilma "não vai apanhar calada" no segundo turno. Na avaliação do Palácio do Planalto e do comitê petista, a estratégia mais incisiva de Dilma no debate foi acertada.

— É hora de dar um freio de arrumação. É inadmissível que um país moderno, como o Brasil, seja pautado por temas da Idade Média — argumentou Dutra.

Antes de segurar crianças no colo e de observar um "varal" com desenhos de garotos que rabiscaram o seu nome ao lado da inscrição "Lula", Dilma disse que o Brasil precisa mobilizar a sociedade em torno de uma campanha de adoção.

— Hoje, as crianças acima de sete anos são adotadas, dominantemente, por europeus, americanos e japoneses, e não por brasileiros. Nós temos de fazer alguma coisa — insistiu a candidata do PT.

Agência Estado
 

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