| 08/10/2010 08h24min
No retorno da propaganda eleitoral às rádios, Dilma Rousseff e José Serra alternaram entre momentos de exaltação da campanha no primeiro turno e de ataques e críticas ao adversário. Apenas Dilma fez referência à questão religiosa, mesmo que por meio de discurso do presidente Lula. Cada candidato teve 10 minutos para apresentar suas propostas.
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éticas devem marcar segundo turno
O programa da candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, começou com atores mencionando uma "campanha suja, de baixaria" contra a petista. O tom crítico ao modelo de campanha do adversário foi explicitado pela intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva:
— Estou vendo acontecer com a Dilma o que aconteceu comigo no passado, quando pessoas saíam do submundo da política para mentirem ao meu respeito dizendo que eu iria fechar as igrejas e mudar a cor da bandeira. Mas o que aconteceu? Mais liberdade religiosa, mais emprego e melhor salário — disse Lula, priorizando a questão religiosa, como já previam analistas políticos.
Dilma também adotou um discurso já esperado, "em defesa da vida". Segundo a inserção, o Brasil vai seguir mudando com "a força e a fé da mulher". O programa apostou também na possibilida de uma mulher presidente para relacionar os votos de Dilma com os de Marina Silva (PV) no primeiro turno:
— Se juntarmos os votos da Dilma com os da Marina dá quase 70% de brasileiros que querem uma mulher presidente — disse um ator, buscando justificar um eventual apoio da ex-ministra do Meio Ambiente à coligação petista.
Dilma ainda exaltou a "maior votação de uma mulher na história" no primeiro turno e os resultados de sua coligação nas eleições do dia 3 de outubro. Alguns governadores eleitos falaram, entre eles Tarso Genro:
— O que Dilma significa para o Brasil é o mesmo que Lula significou até agora: crescimento, emprego e distribuição de renda.
No programa de José Serra (PSDB), o candidato também agradeceu os mais de 33 milhões de votos, afirmando que quer convencer aqueles eleitores que não votaram nele no primeiro turno.
— Eu me sinto preparado para governar o Brasil — afirmou.
Mesmo não mencionando a questão religiosa, tão em voga na semana, o programa de Serra não se furtou de críticas em outros setores. Segundo a inserção, com Dilma houve o caos aéreo e aumentou a conta de luz.
Em uma conversa, um dos atores indaga: "você sabia que a Dilma já teve uma lojinha de importados em Porto Alegre, de R$ 1,99? E que a loja fechou?" O outro complementa: "E já quer ser presidente do Brasil? Quem não sabe voar não devia se jogar da ponte".
Procurando abranger todas as regiões do país, o programa ainda trouxe um ator com sotaque gaúcho, enumerando projetos de autoria de Serra implementados no Rio Grande, entre eles o FAT (Fundo de Atendimento ao Trabalhador).
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