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Eleições  | 05/10/2010 19h06min

A pedido de Lula, Alencar coordenará campanha em segundo turno em Minas Gerais

Vice-presidente pretende evitar a desmobilização no segundo maior colégio eleitoral do país

Após a derrota de Hélio Costa na disputa pelo governo de Minas Gerais, que reabriu feridas internas na aliança entre PMDB e PT, a base aliada ao governo Lula escalou o vice-presidente José Alencar para uma simbólica coordenação da campanha em segundo turno de Dilma Rousseff no Estado. Mesmo enfrentando um agressivo tratamento de saúde, Alencar atendeu a um pedido do presidente para evitar a desmobilização no segundo maior colégio eleitoral do país.

Nesta terça-feira, durante mais de três horas, o vice comandou no seu escritório particular em Belo Horizonte uma reunião com as principais lideranças do campo lulista no Estado e indicou o tom a ser adotado: criticou a "hegemonia" de São Paulo e disse que a eleição de Dilma representa a volta de Minas ao comando do governo federal, alegando que o Estado está cansado de oferecer vice-presidentes. Ele também engrossou os afagos e o cortejo à candidata do PV, Marina Silva.

Em Minas, Dilma venceu com 46,98% (5,06 milhões de votos). Serra alcançou 30,76% (3,31 milhões) e Marina (PV), 21,25%, o que corresponde a 2,29 milhões de votos. Apesar de o ex-governador e senador eleito Aécio Neves (PSDB) ter apregoado empenho total na candidatura de Serra no segundo turno, os aliados de Dilma acreditam que ela pode repetir 2006 - quando Lula ampliou a vantagem sobre o então candidato tucano, Geraldo Alckmin.

Numa ofensiva sobre os eleitores de Aécio Neves, Alencar afirmou que o governador Antonio Anastasia (PSDB) foi reeleito na onda do "Dilmasia".

— Pela lógica dos elevados interesses nacionais, digo que a vitória de Dilma consulta também aquilo que diga respeito ao interesse do governo de Minas, porque foi vitorioso com votos também da Dlima Rousseff. Isso aí é um fato — acrescentou. De acordo com o vice-presidente, a candidata petista, que nasceu em Belo Horizonte, mas fez carreira política no Rio Grande do Sul, é uma "mineira legítima" que "continua pronunciando 'uai' melhor do que nós que estamos aqui.

Para Alencar, "temos uma preocupação muito grande com a hegemonia de São Paulo por uma razão muito simples: São Paulo é a matriz econômica do Brasil, tem toda a força econômica nacional, é muito importante que as forças políticas estejam presentes contemplando o Brasil como um todo".

 

Agência Estado
 

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