Eleições | 03/10/2010 23h33min
Luiz Henrique da Silveira, senador eleito, foi um dos grandes vitoriosos do pleito no Estado. Senão o maior. Com cerca de 1,8 milhões de votos, ele não comemorou somente a décima segunda eleição da sua carreira, mas a consolidação de um projeto político que começou com as suas mãos: a tríplice aliança, coligação entre o PMDB, o DEM e o PSDB.
O sorriso aberto após a apuração da noite deste domingo disfarçava a tensão que rondou a tríplice aliança às vésperas das eleições, quando o PMDB abriu mão da candidatura do agora vice-governador eleito Eduardo Pinho Moreira para reforçar a campanha de Raimundo Colombo.
— Há dois anos atrás eu dizia que se nos mantivéssemos a polialiança, nós venceríamos a eleição em primeiro turno. Foi o que aconteceu — disse.
Mas apesar da grande vitória no Estado — onde ajudou a eleger não apenas o Governador, mas também o companheiro na disputa ao Senado, Paulo Bauer, e o deputado federal mais votado de Santa Catarina, Mauro Mariani — Luiz Henrique ainda não está satisfeito.
Agora, vai lutar pela eleição de José Serra, remando contra a orientação do partido, que apoia o PT. Neste domingo, Luiz Henrique falou com a imprensa logo após a definição do resultado no Estado. Depois de comemorar junto a correligionários em Joinville, ele seguiu rumo a Florianópolis para cumprimentar o governador eleito.
Ao que o senhor atribui esse número de votos?
— Tivemos a melhor estrutura para a realização da campanha e tivemos o melhor candidato. O Colombo já mostrou isso já na eleição passada. Ele é votogênico.
Sua maior vitória foi se eleger para o Senado ou reconstruir a tríplice aliança, que esteve ameaçada?
— Eu trabalhei pouco por mim. Eu não trabalhei pela minha candidatura, eu trabalhei pelo conjunto. Eu lutei muito pela polialiança e o resultado está aí. Um governador, três senadores, o deputado federal mais votado, o deputado estadual mais votado. Está comprovada que a tese era certa. Como diz o caboclo que organiza a carreira de cavalo: a gente ganha a carreira no atar. E nós atamos bem a carreira.
Foi a maior vitória da sua carreira política?
— Olha, foram tantas. Quanto me elegi prefeito a primeira vez, quando fui reeleito. Deus tem sido muito bom comigo. O povo catarinense, sobretudo o povo de Joinville, esse onde eu vivo, tem sido muito generoso. Obrigado, gente. Do fundo do meu coração, obrigado.
— Essa é a sua última disputa eleitoral?
Eu, pessoalmente, não pretendo disputar mais nenhuma eleição. Mas quero eleger o próximo prefeito de Joinville (que, segundo manifestou mais tarde, pode ser Mauro Mariani), daqui a dois anos. E quero ajudar a repetir essa vitória daqui a quatro anos, ajudando meus companheiros, mas não como candidato.
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