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Eleições  | 01/10/2010 17h23min

Dilma evita falar de suposta ligação de Serra a Mendes

Petista elogiou a decisão do STF que derrubou a exigência do título de eleitor para votar

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, comentou hoje sobre o episódio do pedido de vista do ministro Gilmar Mendes durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito do uso do título de eleitor na votação.

— Não faço ilação, porque eu não tenho provas — respondeu a petista, em entrevista coletiva em Porto Alegre, ao ser questionada sobre o suposto telefonema do candidato José Serra (PSDB) ao ministro durante o julgamento do caso.

— O jornal noticiou, apareceu a foto e eu não tenho provas que houve interferência, que houve a ligação, que foi por isso ou por aquilo que foi pedido vista — declarou a candidata.

— Agora, sem sombra de dúvida, se foi, eu acho muito grave, porque é um caso de aparelhamento do Estado flagrante — completou.

A ex-ministra, no entanto, disse não acreditar "que o ministro Gilmar Mendes faria isso". Questionada sobre comentários no debate da TV Globo em que abordou doações de campanha, Dilma negou que seu comentário tenha sido um "escorregão".

— As minhas doações são legais, se eles riram (se referindo ao público) é porque as deles não são — afirmou, ao final da entrevista.

— Eles, vocês descubram quem são — acrescentou.

Dilma justificou que as luzes fortes do estúdio a impediram de ver de onde partiu a reação do público naquele momento do debate.

A petista também elogiou a decisão do STF que derrubou a exigência do título de eleitor para votar, em resposta ao pedido formulado pelo PT. Para a candidata, o resultado do julgamento beneficia todas a camadas da população e amplia o direito de votar.

Remédios

Dilma aproveitou o inicio do mês dedicado aos idosos para elogiar programas de governo que beneficiam essa parte da população e apresentou números.

Segundo ela, os investimentos na distribuição de remédios por meio da farmácia popular cresceram de R$ 17,7 milhões para R$ 46 milhões desde 2003, no caso especifico do tratamento de osteoporose.

Para a doença de Alzheimer, a cifra evoluiu de RS 8,1 milhões para R$ 129 milhões na mesma comparação.

Dilma também evitou comentar a possibilidade de decisão em primeiro ou segundo turno.

— Estou pronta para o que der e vier — afirmou.

Agência Estado
 

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