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 | 25/09/2010 18h51min

Dilma minimiza perda de pontos em pesquisa eleitoral

"A gente só vai saber o resultado dessa eleição na urna", concluiu a candidata

A candidata à presidência Dilma Rousseff (PT) disse neste sábado que não vê "nenhum problema" em relação à redução da diferença de pontos sobre a soma de seus adversários, mostrada pela última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo.

— Tem uma pesquisa que me dá 49%, outra me dá 50%, outra 51%, entende, eu estou na margem de erro — afirmou, em visita aos elevadores panorâmicos da comunidade do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, no Rio de Janeiro.

— É uma oscilação de um ponto, dois pontos, não estou vendo nenhum problema — completou Dilma.

Segundo o Ibope, Dilma ficou com 50% das intenções de voto, contra 28% do candidato do José Serra (PSDB), e 12% da candidata Marina Silva (PV). O resultado, que diminuiu de 14 para 9 pontos a diferença entre a petista e a soma de seus concorrentes, foi atribuído às denúncias de corrupção na Casa Civil, envolvendo a sucessora de Dilma na pasta, Erenice Guerra, e seu filho, Israel Guerra.

A nove dias das eleições e na véspera do último debate eleitoral (domingo, na Rede Record), Dilma afirmou que não aceitará baixar o nível da discussão, caso seus concorrentes decidam partir para ataques mais pesados. As denúncias envolvendo a Casa Civil têm sido usadas pela oposição para tentar levar a disputa a um segundo turno.

— Acho que ódio é que nem droga, quem entra no ódio entra fácil; sair é que é difícil. Em hipótese alguma vou aceitar rebaixar o nível dessa discussão.

O ódio também foi citado por Dilma ao responder a um jornalista mexicano, que indagou a candidata sobre a possibilidade de ela repetir, se eleita, a experiência do presidente mexicano Felipe Calderón, que enfrentou um país dividido após sua eleição.

— Somos capazes de fazer parcerias com todos os governadores, de que partido forem. Não sou a favor de nenhum daqueles métodos que levaram ao ódio, ou à tentativa de instituir o medo.

Dilma discursou brevemente na comunidade, ao lado do governador do Rio, Sérgio Cabral, e do prefeito, Eduardo Paes, além do candidato do PT ao Senado pelo Rio, Lindberg Faria. 

A candidata do PT não respondeu perguntas sobre documentos da Polícia Federal mostrando que o filho de Erenice recebeu propina de R$ 120 mil depois de a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) conceder permissão de voo à Master Linhas Aéreas (MTA). Israel é acusado de fazer lobby para facilitar negócios com a empresa.

Sobre a vantagem nas pesquisas, a candidata voltou a afirmar que não usará "salto alto", mesmo com indicações de que pode ganhar no primeiro turno. Para Dilma, a pesquisa é um retrato do momento.

— A gente não sobe no salto alto porque tem que ter respeito. A gente só vai saber o resultado dessa eleição na urna — concluiu.

Agência Estado
 

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