Eleições | 22/09/2010 23h22min
Depois de se reunir com representantes do Conselho Nacional de Turismo no final da tarde desta quarta-feira, a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, adiantou que, se for eleita, preservará a pasta do Turismo. Na mesma oportunidade, ela reafirmou seu compromisso com a liberdade de imprensa, apesar de ver "exageros da mídia" em alguns momentos.
Ela seguiu viagem a Curitiba (PR), onde participa de um comício ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A candidata esquivou-se de responder objetivamente sobre eventual apoio ao ato público programado para esta quinta-feira em São Paulo, em que organizações não-governamentais (ONGs), centrais sindicais e partidos políticos, inclusive o PT, vão protestar contra o suposto "golpe midiático" contra a sua candidatura.
Segundo os organizadores do evento, os grandes veículos de comunicação estariam armando um "golpe" para impedir a eleição dela no primeiro turno. Contudo, Dilma afirmou que enxerga "exageros da mídia" em alguns momentos e frisou que "não aceitará calada" quando achar que houve erros.
— Não vou falar em golpe midiático, mas tem hora que exageram. A mim não incomodam as críticas, convivo perfeitamente com elas. Mas não vou aceitar calada que escrevam coisas erradas a meu respeito — disse.
Ela foi enfática ao reafirmar que é a favor da liberdade de imprensa.
— Eu prefiro as múltiplas vozes das críticas ao silêncio da ditadura — afirmou.
No fim de agosto, Dilma, José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) assinaram a Declaração de Chaputelpec, uma carta de intenções em que renovam o compromisso com a liberdade de imprensa e de expressão.
— O único controle social que eu admito é o controle remoto — concluiu.
Nomeação de parentes
Dilma também comentou a revelação de que sua sucessora na Casa Civil, Erenice Guerra, nomeou para um cargo na pasta Paula de Matos, filha do presidente dos Correios, David José de Matos. Ele foi indicado para o posto por Erenice. Nesta quarta-feira, o Diário Oficial da União trouxe a demissão de Paula.
— Não sou a favor da indicação de parentes nem por critérios de amizade — afirmou.
A petista refutou a alegação de que tenha nomeado Erenice porque ela seria sua amiga. E, embora na terça-feira ela tenha frisado que a indicação de Erenice para a Casa Civil foi uma "escolha técnica" do presidente Lula, nesta quarta-feira, ela afirmou que a indicou por conta própria e por critérios técnicos.
— Eu a conheci como uma competente advogada do setor elétrico, compunha o grupo de transição do governo na área de energia elétrica e era militante histórica do PT no Distrito Federal — justificou.
Em seguida, Dilma voltou a pedir que não façam julgamento antecipado de Erenice.
Dilma durante entrevista coletiva em Brasília nesta quarta-feira
Foto:
Roberto Stuckert Filho
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Zero Hora
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