Notícias

Política  | 17/09/2010 17h21min

Polícia Rodoviária Federal rebate acusações de Dário Berger

Instituição confirmou que foi rotineira a abordagem ao veículo do prefeito de Florianópolis

Upiara Boschi  |  upiara.boschi@diario.com.br

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) rebateu as acusações do prefeito de Florianópolis, Dário Berger (PMDB), de que haveria conotação política na apreensão de um veículo oficial da prefeitura com material de campanha eleitoral no porta-malas.

Segundo a PRF a abordagem foi rotineira e motivada pelo estranhamento em relação ao uso de uma placa com série de letras antigas em carro novo.

A instituição também afirma que em nenhum momento afirmou que o veículo Vectra dirigido pelo motorista do prefeito, Alcebíades Pires, era roubado. A assessoria divulgou a cópia da consulta feita ao sistema no Detran no dia da apreensão, segunda-feira, informando que a placa LYD 9458 – usada irregularmente pelo veículo – tinha ocorrência de furto ou roubo. E apresentou cópia de consulta da mesma placa, feita na quinta-feira, onde a informação não aparece mais.

O chefe da Comunicação Social da PRF, Leandro Andrade, admite que a informação de que o carro tinha registro de furto ou roubo foi o principal motivo para a abordagem.

– Talvez o carro sequer fosse abordado não fosse isso – afirmou.

Ele nega que tenha havido denúncia de opositores do prefeito Dário Berger e diz que os policiais apenas cumpriram seu papel, teriam seguido o carro enquanto aguardavam informações sobre o número da placa, através do rádio.

– Não houve denúncia. O que motivou a diligência foi ter uma placa de série antiga em um veículo novo. Mas mesmo que houvesse denúncia, o papel da PRF é checar.

De acordo com Alina Largura, gerente de registro e licenciamento de veículos do Detran, a irregularidade estava no cadastro do Detran do Rio de Janeiro, onde foi feito um pedido de correção. A placa de segurança utilizada no carro oficial estava vencida desde setembro de 2006. Mesmo que estivesse valendo, o motorista deveria apresentar a autorização dada pelo Detran na hora da abordagem.

O carro foi apreendido na segunda-feira com material de campanha do ex-governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), candidato ao Senado, e de Rose Berger (PMDB), candidata a deputada estadual. Parte do material de LHS citava também a candidatura de Raimundo Colombo (DEM) ao governo. Foram apreendidos ainda R$ 1.840 em notas de R$ 20 e os dois celulares utilizados por Alcebíades Pires. Na quarta-feira, Dário Berger disse que tanto o dinheiro quanto o material de campanha eram dele, para uso pessoal.

Segundo a PRF, o dinheiro e o material de campanha seriam indícios de crime eleitoral e, por isso, a Justiça Eleitoral foi comunicada.

 

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.