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Com um discurso de forte apelo em nome das candidaturas de Dilma Rousseff (PT) à Presidência e de Ideli Salvatti (PT) ao governo de Santa Catarina, Lula levantou a militância petista que lotou a Praça Dario Salles, no Centro de Joinville, na noite desta segunda-feira. Não poupou críticas ao ex-governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e ao ex-senador Jorge Bornhausen (DEM), que apoiam o presidenciável José Serra (PSDB) e o candidato ao governo Raimundo Colombo (DEM).

O presidente exaltou as qualidades de Dilma e Ideli. Afirmou que conhece pessoas em todos os partidos e cargos e que não há ninguém mais preparado que Dilma para governar o país. Defendeu a atuação de Ideli no Senado, dizendo que ela foi importante para impedir que a oposição o tirasse do poder na época do escândalo do mensalão, em 2005.

— A mesma direita que levou Getúlio Vargas a dar um tiro no peito. A mesma direita que tirou João Goulart da Presidência, que disse que Juscelino não poderia tomar posse se eleito, essa mesma direita tentou fazer o mesmo comigo. Não fez porque eu tinha um ingrediente a mais. Eu tinha vocês — afirmou, à multidão.

Rebateu críticas de que faltou repasse de verbas federais ao Estado na época das enchentes de novembro de 2008. Elencou repasses de verbas e ações como a liberação do FGTS para 743 mil moradores do Vale do Itajaí:

— Agora dizem que o dinheiro não veio. Antes de terminar o meu mandato, vou pedir para que a Controladoria Geral da República faça uma auditoria séria para saber para onde esse dinheiro foi.

Citou que parte do PMDB catarinense apoia Dilma e Ideli e criticou Luiz Henrique pela aliança com o DEM:

— Apoiei Luiz Henrique porque pensei que era para mudar. Mas ele trouxe de volta o DEM, que nós precisamos extirpar da política brasileira.

Em um discurso mais curto, antes de Lula, Dilma Rousseff disse que por ser mulher não poderia errar no comando do País. Também foi enfática no pedido de voto a Ideli. No começo do discurso, ela brincou ao falar que machucou o pé na esteira pela manhã. Falou também que votar na oposição é voltar ao passado.

— Quando íamos pedir dinheiro emprestado ao Fundo Monetário Internacional de joelhos — disse.

Com menos de cinco minutos de discurso, Ideli tentou marcar sua diferença em relação às candidaturas de Colombo e de Angela Amin (PP).

— Não é possível que a gente ainda tenha Arena 1 e Arena 2 disputando o governo do Estado — disse, em referência à origem política dos dois candidatos no antigo partido que apoiava o regime militar.