Política | 10/09/2010 15h33min
Se investimento em campanha garantisse eleição, a tríplice aliança poderia confirmar a reeleição de deputados integrantes da base do governo e a eleição de novas lideranças. Dos 20 candidatos que mais investiram na campanha, 16 pertencem aos partidos da coligação (PSDB, PMDB e DEM) que comanda o Estado. Confira os gastos dos candidatos
Os 130 mil habitantes da região de Canoinhas, no Norte de Santa Catarina, devem testemunhar a briga acirrada por vagas na Assembleia se depender do investimento dos candidatos da região. É de Canoinhas o líder em arrecadação e gastos na campanha a deputado estadual, o ex-secretário regional Edmilson Verka (PSDB). Ele é o único dos candidatos à Assembleia que gastou mais de R$ 400 mil.
De acordo com dados informados pelo candidato ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a maior parte das despesas (R$ 392 mil) é com pessoal, aplicando R$ 15 mil em propaganda (impressos e placas) e outros R$ 2 mil com combustível.
Tanto investimento se justifica pela concorrência. O deputado estadual Antônio Aguiar (PMDB), por exemplo, tem base também na região de Canoinhas, tenta a reeleição e está na lista dos 10 que mais investiram na campanha.
Outro deputado que pode garimpar votos na região para permanecer na AL é o blumenauense Jean Kuhlmann, quarto no ranking. O intruso dessa lista é o deputado estadual Silvio Dreveck (PP). O progressista, com base em São Bento do Sul, é o sexto. O curioso é que nenhum dos maiores "investidores" tem base em Joinville, o maior colégio eleitoral do Estado de Santa Catarina.
Arrecadação ainda é superior aos gastos
Na concorrida briga para estar no Congresso dois nomes se destacam em relação a valores: Paulo Bornhausen (DEM) e Dalmo Claro de Oliveira (PMDB). Os dois arrecadaram mais de R$ 1 milhão e aplicaram pouco mais de metade dos recursos. Para o democrata não é surpresa estar entre os que mais usam recursos na campanha. Foi assim na última eleição.
João Pizolatti Filho (PP), Décio Lima (PT) e Odacir Zonta (PP) aparecem como oposicionistas nessa lista, mas com valores que não atingem o que já foi aplicado pelos dois maiores arrecadadores. Os números fazem parte da segunda parcial de prestação de contas feitas pelos candidatos, de forma obrigatória.
Chama a atenção o elevado número de candidatas que declararam não ter arrecadado recursos. Muitas foram convocadas para preencher as nominatas dos partidos conforme a legislação.
Arrecadação e gastos em campanhas |
93 |
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Candidatos a deputado estadual não declararam arrecadações e gastos |
39 |
Candidatos a deputado federal não informaram receitas e despesas. |
17 |
Candidatos a Assembleia declararam ter mais gastos do que arrecadação. |
21 |
Candidatos a deputado federal informaram despesa superior à receita |
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