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Eleições  | 06/09/2010 17h28min

Analista que acessou IR de Eduardo Jorge diz que procurava homônimo

Gilberto Souza Amarante afirma fazer "este tipo de acesso dezenas de vezes por dia"

O analista tributário Gilberto Souza Amarante, suspeito de violar o sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, classificou como um engano o acesso aos dados do dirigente tucano. Em entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira no município de Formiga, no interior de Minas Gerais, Amarante justificou o erro afirmando haver diversos homônimos com o nome Eduardo Jorge, e que o objetivo seria acessar os dados de outro contribuinte.

— O acesso foi feito durante o horário de expediente, no atendimento. Há vários casos de homônimos com esse nome, Eduardo Jorge. A nossa base é nacional — disse. O analista, que trabalha para Receita Federal em Formiga, usou como prova de suas intenções o fato de o acesso ter durado menos de um minuto.

Entenda como ocorreu a violação de sigilos fiscais de tucanos.

O que é factível é que houve um homônimo e esse acesso durou apenas 41 segundos, conforme relatório a que vocês tiveram acesso — justificou.

Amarante procurou desmentir a versão de que foram feitos dez acessos aos dados de Eduardo Jorge. Na versão do analista, apenas o acesso de 41 segundos chegou a ser feito. Segundo ele, os dez registros identificados pelo relatório do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) identificam as mudanças de páginas feitas em um único acesso.

— É bom que fique claro. Não foram dez acessos, e sim um acesso só de 41 segundos.

O analista, que é filiado ao PT de Arcos, cidade do interior de Minas Gerais, esquivou-se das suspeitas de que teria intenções políticas argumentando ter tido acesso apenas a dados cadastrais de Eduardo Jorge.

— Foi acessada uma base cadastral. Não foi acessado nenhum tipo de dado fiscal — afirmou.

O cadastro traria apenas informações como o nome e o telefone do contribuinte. Segundo Amarante, o acesso aos dados cadastrais tinha o objetivo de identificar se o dono do cadastro era a pessoa pela qual o analista estava procurando.

— Há 17 anos eu faço este tipo de acesso dezenas de vezes por dia — contou. 

Agência Estado
 

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