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Eleições  | 01/09/2010 19h24min

Serra vai ao TSE contra Dilma por quebra de sigilo

Tucano acusa petista de uso da máquina pública e abuso de poder político

Ao entender que a campanha de Dilma Rousseff pode estar por trás da quebra de sigilo fiscal de cinco pessoas ligadas ao presidenciável José Serra, entre elas da filha dele, Verônica Serra, a coligação "O Brasil Pode Mais" entrou como ação nesta quarta-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acusando a petista de uso da máquina pública e abuso de poder político.

A coligação pede investigação e punição dos culpados com base na lei complementar 64 de 1990, que trata dos casos de inelegibilidade. Desta forma, se as acusações forem confirmadas pela Justiça Eleitoral, Dilma poderia perder o registro de candidatura e – caso seja eleita – ter o mandato de presidente cassado.

A campanha tucana também pede ao TSE investigação contra o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, candidato ao Senado pelo PT, contra os jornalistas Amaury Junior e Luiz Lanzeta, contra o secretário-geral da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, e o corregedor-geral do órgão, Antônio Carlos Costa D'Avila.

Na representação foram anexadas reportagens que revelaram a existência de um grupo de inteligência montado pela campanha de Dilma para fabricar dossiês contra adversários políticos. Pimentel seria o responsável pela contratação do grupo, do qual fariam parte Amaury e Lanzeta. A coligação acusa ainda o secretário e o corregedor da Receita de não darem transparência necessária às investigações sobre a quebra de sigilo dos tucanos.

Para a campanha do PSDB, a violação dos sigilos fiscais de Verônica Serra, além de outros quatro tucanos ligados ao alto escalão do partido, mostra que o PT se valeu de informações sigilosas da Receita Federal para atingir interesses políticos.

– A filha de Serra não teria o seu sigilo violado não fosse ele candidato à presidência da República. As pessoas ligadas ao PSDB vinculadas à campanha Serra não teriam seus sigilos quebrados. Aliás, essa espionagem se deu para abastecer uma central de dossiês, recentemente desmontada, com o objetivo de intimidar os adversários – disse o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que acompanhou os advogados da coligação na entrega da representação ao TSE.

Na avaliação do parlamentar, a Receita foi aparelhada para fins eleitorais.

Agência Estado
 

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