Eleições | 01/09/2010 19h02min
O candidato do PSDB à sucessão presidencial, José Serra, disse nesta quarta-feira que tomará providências judiciais para esclarecer a quebra do sigilo fiscal de sua filha Verônica.
– As providências são jurídicas, porque não fazemos 'contra-baixaria. Os advogados do partido e pessoais vão cuidar disso – afirmou, após encontro com sindicalistas na capital paulista.
O tucano culpa o PT e a campanha de sua adversária Dilma Rousseff pelo vazamento.
– São dois crimes: o crime contra a constituição, que é quebrar o sigilo, e o crime de falsidade, por forjar documentos.
Segundo a Receita Federal, os dados de Verônica teriam sido acessados por pedido dela, por meio de uma procuração dada a Antonio Atella Ferreira. A filha do presidenciável, no entanto, não tem firma registrada no cartório em que o documento foi emitido. Questionado se conhece Ferreira, Serra demonstrou irritação e respondeu apenas que já estava "provado" que a procuração era falsa.
– Vocês já têm o desmentido, já sabem disso, não vou comentar – afirmou.
Serra voltou a comparar sua situação com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, quando candidato em 1989, foi alvo de acusações pessoais por parte do então adversário Fernando Collor de Mello. O ex-presidente levou para a televisão o depoimento de uma filha de Lula.
– A candidatura de Dilma está querendo fazer comigo a mesma coisa que Collor fez com Lula em 1989.
O candidato do PSDB disse não estar preocupado com o impacto do episódio nas urnas.
– Estou preocupado é com o Brasil e com esse jogo sujo utilizando o aparato da máquina do governo para fins eleitorais da pior maneira.
O tucano reforçou a defesa da filha.
– Verônica é uma mulher com três filhos pequenos, cuida deles e trabalha, ela nunca teve nada com política, nunca teve nenhuma relação com o governo – disse o candidato.
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