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Pesquisas  | 24/08/2010 12h33min

CNT/Sensus: Região Sul é a única do país em que Serra está à frente nas intenções de voto

Nestes Estados, o tucano tem 47,8% da preferência, contra 35,7% de Dilma

Pelos dados da pesquisa CNT/Sensus, divulgada nesta terça-feira, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, só está à frente da candidata do PT, Dilma Rousseff, na Região Sul, onde o tucano tem 47,8% da preferência, contra 35,7% de Dilma e 6,9% da candidata do PV, Marina Silva.

Nas regiões Norte e Centro-Oeste, Dilma lidera com 45% contra 25,5% de Serra e 7,6% de Marina. No Nordeste, onde o presidente Lula tem maior popularidade, Dilma tem 62,1% contra 19,8% de Serra e 6,4% de Marina. A petista também está à frente no Sudeste, com 39,2%. Na região, Serra tem 27,6% da preferência e Marina, 9,7%.

Dilma lidera no voto feminino, com 42,9% contra 27,4% de Serra. Entre o eleitorado masculino, a petista tem 49,4% e Serra, 28,7%. Para Guedes, o fato de Dilma liderar os votos entre os eleitores masculinos significa que ela ainda pode crescer no voto feminino uma vez que, segundo ele, em algumas regiões do País, os homens influenciam a opção das mulheres.

Rejeição a Serra e Dilma aumentou

Segundo a pesquisa, a rejeição a Serra, subiu quase 10 pontos porcentuais, passando de 30,8% verificados entre o fim de julho e começo de agosto, para 40,7% entre os dias 20 e 22 deste mês. A rejeição à candidata do PT, Dilma Rousseff, também aumentou, mas é bem inferior à de Serra: passou de 25,3% para 28,9%.

Para o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, essa taxa de rejeição do candidato tucano torna muito difícil a possibilidade de ele virar o jogo e vencer a candidata petista.

— Pela nossa experiência em institutos de pesquisa, nunca vimos uma pessoa se eleger com mais de 40% de rejeição — disse Guedes.

Na avaliação do presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade, o crescimento de Dilma nas pesquisas e a queda de Serra podem ser explicados pela capitalização, por parte de Dilma, do apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

— A Dilma capitalizou bem a popularidade de Lula e conseguiu se colocar como braço direito dele — disse Andrade, acrescentando que os fatores econômicos como aumento do emprego e da renda colaboraram para a candidatura petista.

Ficha técnica:

- Período de campo: pesquisa aplicada de 20 a 22 de agosto

- Tamanho da mostra: 2 mil entrevistados

- Margem de erro: 2,2 pontos percentuais

- Contratante: Confederação Nacional dos Transportes (CNT)

- Registro: no TSE, sob o número 24903/2010

Agência Estado
 

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