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 | 23/08/2010 08h40min

Lula apresenta Dilma como "presidenta" a metalúrgicos de São Paulo

Acompanhado de candidata do PT, presidente pediu votos a ela em porta de fábrica em SP

Em uma assembleia especial que reuniu cerca de 6 mil trabalhadores na porta da fábrica da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, no início da manhã desta segunda-feira, a ex-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff como candidata do PT e dele a presidente. Ao chamar Dilma de "presidenta", ele afirmou que, embora as pesquisas sejam favoráveis, não dá para ganhar a eleição apenas com elas.

— Quanto mais as pesquisas ficam favoráveis, mais a gente tem de assumir responsabilidade — disse.

Acompanhado dos candidatos a governador de São Paulo Aloizio Mercadante (PT) e a senador Marta Suplicy (PT-SP), Lula destacou a "importância" de trazer a candidata do PT a presidente para a porta de uma fábrica, onde a história política dele começou.

— Era importante Dilma pegar energia aqui, na porta de uma fábrica, onde tudo começou — afirmou. 

Além de Mercadante e Marta, estavam o deputados Antonio Palocci (PT-SP) e José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP), coordenadores da campanha da candidata do PT, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e antigos colegas do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Depois do breve comício, o presidente desceu do caminhão de som, acompanhado de Dilma, para cumprimentar os operários na entrada da unidade. 

— Não é sempre que um trabalhador pode pegar na mão de uma mulher presidente da República — disse.

Durante o discurso, o presidente lembrou dos tempos de sindicato e dos principais companheiros que o acompanharam em sua trajetória.

— Aqui, passamos um pouco de tudo — disse a Dilma.

A última vez que o petista visitou a empresa foi em 2006, nos 50 anos da fábrica, menos de um mês após a reeleição ao cargo. O retorno ao chão de fábrica faz parte dos esforços de Lula em eleger em primeiro turno a candidata.

Desde a sexta-feira, esse é o terceiro evento em São Paulo no qual o chefe do Executivo pede votos para Dilma. O maior colégio eleitoral do Brasil é administrado há 16 anos pelo PSDB e um dos poucos Estados em que o candidato a presidente José Serra (PSDB) está à frente da candidata petista nos levantamentos de intenção de voto.


— Se Deus está conosco, quem está contra a gente? — perguntou Lula.

Em visita em junho à fábrica da Volkswagen, também em São Bernardo do Campo, o presidente havia informado que voltaria ao ABC durante a campanha. Na época, Lula disse aos funcionários da montadora que não estranhassem caso ele subisse em palanques no início da manhã.

Agência Estado
 

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