Eleições | 18/08/2010 15h46min
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, negou nesta quarta-feira que o resultado das últimas pesquisas de intenção de voto - que mostram o crescimento da vantagem da presidenciável do PT, Dilma Rousseff, sobre sua candidatura - tenha feito com que ele subisse o tom no debate de hoje, promovido na capital paulista pelo jornal "Folha de S.Paulo" e pelo portal UOL.
— Não creio. Foi uma participação normal — disse.
O candidato afirmou ter gostado do debate, que considerou menos rígido do que os promovidos pelas TVs. No entanto, insistiu que algumas questões permaneceram sem esclarecimentos.
— Uma pergunta que ficou sem resposta: por que o atual governo aumentou os impostos federais sobre energia? Temos tarifas das mais altas do mundo — afirmou .
— Por que aumentou tão fortemente o imposto federal sobre saneamento? São coisas que conspiram contra o desenvolvimento e o investimento.
De acordo com o candidato, o aumento de contribuições sobre o saneamento tirou R$ 2 bilhões por ano das empresas do setor.
— Isso, sem dúvida, explica o desempenho muito ruim do Brasil em matéria de saneamento.
Segundo ele, na Bahia, a cobertura de saneamento chega a níveis "desastrosos" para a população e o meio ambiente.
— Isso ocorreu devido ao furor tributário do governo federal, que acha que a carga tributária no Brasil não é alta — disse, referindo-se à Dilma.
Ao ser questionado por jornalistas sobre o uso de uma favela cenográfica em seu programa eleitoral na TV, Serra não respondeu e encerrou a entrevista coletiva.
Marina, Serra e Dilma participaram de debate promovido pelo UOL nesta quarta-feira
Foto:
NELSON ANTOINE/AE
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