Eleições | 30/07/2010 10h32min
Em agenda de campanha em Natal, a candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, dividirá as atenções dos potiguares com a Marcha pela Maconha, prevista para as 16h desta sexta-feira. Pela manhã, Marina deu entrevistas a duas emissoras de rádio e defendeu um plebiscito para discutir a legalização da maconha.
— Não podemos resolver isso (legalização da droga) sem um grande debate — argumentou Marina.
A candidata disse que respeita as opiniões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que são favoráveis à legalização, mas assim como na questão do casamento gay, ela é contra. No entanto ela espera que o assunto seja levado à sociedade.
— Eu nunca tive nenhuma atitude de discriminação — afirmou a candidata.
Durante entrevista de 25 minutos à Rádio 95 FM, Marina disse que sua candidatura conseguiu se impor no cenário eleitoral e que "acabou o plebiscito" entre PT e PSDB. No entanto, para a candidata o desafio agora é "acabar com a baixaria" de acusações entre seus adversários:
— Eu não estou me deixando pautar pelo jogo do vale-tudo.
A presidenciável voltou a criticar as acusações do vice do presidenciável José Serra, o deputado Indio da Costa (DEM-RJ), que levantou recentemente a questão da suposta relação entre PT e as Forças Revolucionárias Armadas da Colômbia (Farc). Marina disse que falta a Indio maturidade e "quilometragem política".
— O vice do Serra às vezes extrapola. Não vale tudo para se ganhar as eleições — criticou a presidenciável.
Marina disse esperar de seus adversários uma postura de respeito à legislação e que, após as multas da Justiça Eleitoral, que não haja mais infrações. Para ela, Dilma Rousseff (PT) e Serra colecionam multas porque suas candidaturas têm estrutura financeira para pagar as punições.
— Eu ia lavar prato pelo resto da vida se fosse multada toda semana — disse.
Se eleita, ela afirmou que não discriminará governos de oposição ao seu partido por acreditar que isso representa um "pensamento mesquinho":
— Essa é a política pequena.
Num discurso voltado para os nordestinos, Marina defendeu mais investimento em educação (principalmente no combate ao analfabetismo), saúde (com foco na luta contra a mortalidade infantil), segurança (destacou a violência doméstica) e manutenção do Bolsa Família, rechaçando a ideia de programa assistencialista.
— Só chama de assistencialista quem não sabe o que é passar fome — rebateu ela durante a entrevista.
Marina também abordou durante as entrevistas o investimento em obras de infraestrutura, uma vez que o Estado receberá jogos da Copa do Mundo de 2014. A candidata afirmou que quer ir além do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o qual chamou de sistema de gerenciamento de obras.
— No governo do Fernando Henrique Cardoso nem tinha isso — cutucou.
A candidata aproveitou o assunto para rebater os críticos que afirmam que um governo verde não investirá em obras.
— A gente pode fazer os investimentos sem destruir a natureza. O que não dá é fazer de qualquer jeito — disse.
Marina defendeu ainda o corte de gastos e o fim do "festival de cargos comissionados".
— O servidor concursado deve ser mantido. O que nós temos de acabar é com o desperdício — propôs.
A candidata disse se espelhar no modelo de transparência na divulgação dos gastos implementada pelo presidente norte-americano Barack Obama:
— Quero fazer como o presidente Obama, colocar tudo na internet.
Conversa furada da Marina. É sabido que remaria contra qualquer possibilidade concreta de plebiscito, aliás, como candidata não tem chance nenhuma de galgar o segundo turno. Marina é apenas um reforço de apoio a base de Dilma Roussef. O FHC já havia assumido que tinha fumado a “ervinha do capeta” quando era universitário e, comentou isso durante o pleito pela prefeitura de São Paulo. O discurso "mote" levou o comunista arrependido a ser derrotado por Janio Quadros em 1985. Com o aumento da violência é o crescimento do tráfico, para esses personagens está valendo quase tudo, inclusive mentir. Quanto as FARC o governo brasileiro reconhecê-la com o status de força política beligerante.
Mesmo sabendo que é difícil que ela ganhe, votar na Marina é importante nem que seja pra ela voltar a ser candidata daqui a 4 anos. Não concordo 100% com suas opiniões, mas é de longe a pessoa mais capacitada em tentar melhorar o país.
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