Eleições | 28/07/2010 15h04min
João Alberto Pizzolatti (PP) tem 49 anos, mas já é veterano na Câmara dos Deputados. São quatro mandatos consecutivos. No primeiro deles, conquistado em 1994, recebeu 58,5 mil votos. Na última eleição, foram 89 mil votos.
Servidor da Secretaria da Fazenda licenciado, Pizzolatti luta para disputar o quinto mandato na Câmara, onde lidera a bancada do Partido Progressista (PP). Precisa superar os efeitos da Ficha Limpa, lei que ele mesmo ajudou a aprovar no Congresso. Segundo o deputado por Blumenau, a campanha continua normalmente enquanto a defesa recorre ao TSE.
Grupo RBS - Como o senhor avalia a decisão do TRE?
João Pizzolatti - Foi um julgamento político porque a Lei da Ficha Limpa não me condena, me protege. Ela é muito clara, você é inelegível se tiver improbidade administrativa com dolo devidamente comprovado. Não existe dolo. Não tem nada comprovado. Não posso ser enquadrado na Ficha Limpa. Depois, meu quadro na candidatura não muda nada, a campanha continua normalmente.
Grupo RBS - O senhor se arrepende de ter votado a favor da Ficha Limpa?
Pizzolatti - Não, porque ela me protege.
Grupo RBS - Mesmo com a decisão do TRE?
Pizzolatti - Não tem problema, ainda sou candidato. Votaria novamente a favor do projeto da Ficha Limpa hoje. A possibilidade de eu não ser candidato nestas eleições é zero, escreve o que eu estou dizendo.
Grupo RBS - O senhor não sabia que ser sócio da empresa que prestava serviços à prefeitura poderia lhe prejudicar?
Pizzolatti - Eu emprestei o meu nome para meu irmão montar uma empresa na época que era estudante universitário. A acusação é de um superfaturamento de R$ 1 mil por mês. Tu achas que qualquer um de nós tem necessidade de superfaturar R$ 1 mil? Eu fui saber que eu era sócio quando estourou o problema.
O motivo da impugnação |
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João Pizzolatti teve a candidatura impugnada porque foi condenado pelo colegiado de desembargadores do Tribunal de Justiça, em 2007 |
O deputado era dono de uma empresa, em sociedade com seu irmão Ariel. Esta empresa firmou contratos com a prefeitura de Pomerode, entre 1997 e 2001 |
A Constituição proíbe parlamentar de contratar com o poder público |
Pizzolatti afirma que não exercia função executiva na empresa e que não tinha conhecimento do contrato |
Se os argumentos da defesa não forem aceitos pelo TSE, Pizzolatti não disputará a eleição deste ano |
Pizzolatti foi condenado por contrato envolvendo sua empresa e a prefeitura de Pomerode
Foto:
Gilberto Nascimento
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Agencia Camara
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