Eleições | 25/07/2010 18h16min
Ensino médio na rede pública é o tema da segunda reportagem da série Vida Real, do Diário Catarinense, que busca saber a posição dos candidatos sobre questões que não fazem parte do cardápio de generalidades das campanhas. É uma forma de ajudar o eleitor a descobrir o que pensam de fato os candidatos que tentam a chance de governar o Estado de Santa Catarina.
Qual tema você quer ver na série Vida Real?
As propostas para o ensino médio
O perfil do ensino médio em Santa Catarina pode ser resumido em uma palavra: desigualdade. Entre as escolas públicas e privadas, entre as urbanas e as rurais, dentro da própria rede pública de ensino e desigualdade de oportunidades para os estudantes.
Essas características foram reveladas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com base no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
No Enem, a média catarinense da rede estadual de ensino foi de 531,54, de uma escala de 0 a 1.000. Numa comparação com outros Estados, à primeira vista, a avaliação pode ser considerada positiva, considerando que Santa Catarina se mantém entre as primeiras colocações.
O Estado teve a segunda maior média das redes estaduais e 281 das 515 escolas catarinenses participantes tiveram nota acima da média nacional, de 529. Apesar disso, especialistas alertam para o baixo desempenho da educação no país como um todo e afirmam que mesmo estando acima da média, uma nota de 531,54 numa escala que vai até 1.000, não pode ser considerada como suficiente.
— O Enem é um tipo novo de exame e a rede de ensino como um todo ainda não está muito familiarizada com ele. De qualquer forma, ele nos ajuda a revelar fragilidades no ensino e esperar-se que os responsáveis reajam e adotem medidas. A média nacional é muito baixa e a nota de Santa Catarina não nos coloca em uma situação privilegiada por estarmos um pouco acima — avalia a professora universitária, doutora em Educação e pesquisadora da área de ensino Médio, Ione Valle.
A professora destaca que em Santa Catarina menos de 50% dos jovens entre 15 e 19 anos frequentam o ensino médio e o número de concluintes é ainda menor.
Segundo ela, o número de escolas não é suficiente para atender a demanda no Estado e não há uma pressão da população para que o poder público ofereça condições de acesso à educação nessas séries.
Além disso, Ione enfatiza que o Ensino Médio no Estado é fortemente desigual e injusto para os estudantes da rede públicas, que não têm as mesmas oportunidades que são oferecidas na rede privada.
A pesquisadora da área de educação Leda Scheibe também pondera que a média nacional é baixa e enfatiza ainda outra questão a ser pensada:
— Considerando a nossa situação econômica, Santa Catarina deveria ter um resultado melhor.
Sinte vê falhas, governo diz que melhorou
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-SC), os baixos índices são resultados da falta de políticas públicas de educação. Na opinião dos dirigentes do Sinte-SC, as políticas praticadas atualmente são paliativas e não dão conta de desenvolver um sistema de ensino de qualidade.
— Não há valorização profissional, faltam investimentos na estrutura das escolas e faltam capacitação e formação continuada dos professores. Se temos os méritos de hoje estar nas primeiras posições na comparação com outros Estados, esses são méritos dos professores e trabalhadores da educação que se dedicam muito — afirma a secretária geral do sindicado, Anna Julia Rodrigues.
Na opinião do diretor de Educação Básica e Profissional da Secretaria de Estado da Educação (SED), Antonio Pazeto, a análise dos dados divulgados pelo Inep mostra que SC teve melhorias em relação aos anos anteriores.
A Secretaria estuda o resultado do Enem e a partir de uma avaliação mais aprofundada irá orientar cada diretor de escola estadual para que realize medidas nos pontos em que as pesquisas indicarem deficiências.
Infelizmente somente em época de eleição é que se tem solução para esse ou para qq outro problema social.Sendo que muitos desses candidatos já tiveram inúmeras oportunidades na politica de fazerem alguma coisa de concreto e nunca fizeram, outros já estão comprometidos com a linha de "trabalho" do atual governo e certamente manterão a mesm inércia do atual governo.Então o que falam infelizmente é balela.A não ser que o povo deixe de votar nesses politicos de carteirinha e votem em novos candidatos,fazendo isso até acertar,ou não vejo outro jeito.Só não podemos é continuar com as mesmas figurinhas carimbadas de sempre,principalmente c/aqueles aliados a inúmeros partidos,pois a conta é maior.
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