| 24/06/2010 09h39min
O programa Gaúcha Atualidade desta quinta-feira tratou da repercussão da pesquisa do Ibope, divulgada na tarde de quarta-feira, junto às coordenações das campanhas dos candidatos à Presidência da República.
Segundo o resultado da pesquisa, na disputa, Dilma Rousseff tem 40% das intenções de voto contra 35% de José Serra. Marina Silva segue em terceiro lugar, com 9% das intenções de voto.
O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), José Eduardo Dutra, defendeu a cautela na hora de comemorar o resultado, que coloca a candidata da sigla cinco pontos à frente do segundo lugar.
— Eu não comemoro nem lamento pesquisa. Eleição e mineração, só depois da apuração — disse o presidente, referindo-se a um ditado mineiro e acrescentando que é difícil mensurar o que deu maior contribuição para o crescimento das intenções de voto de Dilma.
Dutra afirmou que, ainda mais importante do que analisar uma pesquisa, é observar um crescimento consistente em um conjunto de pesquisas. Cuidadoso, o presidente do PT quer ter uma militância animada, mas pretende "impedir o rompimento daquele limite entre a satisfação e a euforia demasiada":
— Em uma eleição, tão ruim quanto "já perdeu" é "já ganhou". Ainda há muita água para passar debaixo dessa ponte.
Sobre as possíveis vindas de Dilma ao Rio Grande do Sul, Dutra defendeu a participação da candidata em "campanhas polipartidárias".
— Nós nunca tivemos a ilusão, no Rio Grande do Sul, que PT e PMDB fossem estar no mesmo palanque — revela Dutra, afirmando que a candidata participará da campanha de Tarso e de outras siglas que integram sua coligação na disputa à Presidência.
O presidente do PT ainda confirmou a participação de Dilma em todos os debates marcados pela TV aberta no país para atingir o maior número de eleitores possível.
Ouça a entrevista do presidente do PT José Eduardo Dutra:
Por sua vez, o coordenador da campanha da candidata Marina Silva, do Partido Verde (PV), José Paulo Capobianco reclamou do excesso de uso da máquina pública pelos dois candidatos que lideram as intenções de voto na pesquisa.
— Marina não teve espaço de propaganda eleitoral e de eventos organizados pelo governo, como é o caso de Dilma Rousseff — afirma Capobianco, explicando que "o próprio tribunal reconhece que há um excesso de utilização de campanha eleitoral neste espaço".
O coordenador da campanha também afirmou que a quantidade de eleitores que votariam em Marina é significativa, mas não o suficiente para a eleição da candidata:
— Até agora, estamos fora, praticamente, do pleito eleitoral.
O índice de rejeição de Marina, que caiu para 29%, foi associado por Capobianco ao desconhecimento da população sobre o trabalho da candidata. Conforme o coordenador da campanha, a expectativa é mudar esse quadro.
— O que nós vamos fazer é expor a Marina ao público, ao eleitor. Expor as ideias e as propostas de governo — diz o coordenador, esperando que esta exposição abra uma nova perspectiva na população.
Sobre o fato de Marina ser vítima do "voto útil", a ideia da campanha é incentivar as pessoas a refletirem e votarem no candidato que seja o melhor para o momento do país.
— É um equívoco adotar uma postura de voto útil no primeiro turno da eleição — conclui Capobianco.
Ouça a entrevista do coordenador da campanha do PV José Paulo Capobianco:
Os coordenadores da campanha de José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) foram procurados para participar, mas não atenderam o telefone. De acordo com o senador tucano Álvaro Dias, do Paraná, o primeiro convidado do programa, ele esqueceu o celular em casa.
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