A segunda-feira promete ser agitada entre os partidos políticos de Santa Catarina. Após momentos conturbados sobre a formação de candidaturas próprias e coligações, os dias que antecedem às convenções que se iniciam no final de semana deverão ser decisivos.

Todos os dirigentes das principais siglas têm encontros oficiais nesta segunda-feira. As conversas serão em separado, com exceção do PDT que chamou para reunião o PT, PR, PRB, PC do B e PSB.

Os encontros serão em Florianópolis com os presidentes de partidos e os pré-candidatos. Pela manhã a mobilização será do PDT, PSDB, PMDB e DEM. À tarde será a vez do PP e PT.

Um dos encontros que poderá traçar alguma novidade para as eleições será o do PDT. Foram convidados outros cinco partidos, entre eles o dos Trabalhadores. O presidente do PDT, Manoel Dias, disse que deverá ser confirmada a formação de coligação e também a desistência da candidatura própria ao governo que teria à frente o deputado estadual e sargento Amauri Soares.

No PSDB, os tucanos dificilmente terão surpresa nesse início da semana. Mas, de acordo com o presidente Beto Martins, o governador Leonel Pavan sinalizou em suas últimas manifestações que não deverá ser candidato à reeleição e, com isso, crescem as chances de reedição da tríplice aliança (PMDB, DEM, PSDB).

— Ele (Leonel Pavan) deverá dizer sobre sua candidatura ou não — comentou Beto Martins.

No Democratas o momento é de espera. O senador Raimundo Colombo, candidato ao governo, se diz confiante na tríplice e acredita que até quinta-feira tenha resposta de peemedebistas e tucanos.

— É importante saber logo. A convenção exige antes todo um preparo — disse Colombo.

O PMDB também estará mobilizado hoje. Mas o pensamento está em Brasília. O presidente Eduardo Pinho Moreira confirmou a ida amanhã a Brasília. Vai conversar com o diretório nacional sobre o que define de "ameaça" de intervenção no PMDB estadual diante da desistência de candidatura própria.

— Queremos nos inteirar a respeito. Faremos uma mobilização política — comentou Pinho Moreira, que terá a companhia na capital federal do ex-governador Luiz Henrique da Silveira, deputados e do senador Neuto De Conto.

No PT, o presidente José Fritsch assegura que a senadora Ideli Salvatti não abre mão de concorrer ao governo. Ele admite apenas que os petistas ainda aceitam conversação para indicar nomes para vice, no caso do PMDB e PP.

— A Ideli será nossa candidata ao governo — afirmou Fritsch.

Apesar disso, ainda há expectativa no PP de união com o PT. O presidente do PP, Joares Ponticelli, declarou que não estão encerradas as conversas com os petistas, que devem se intensificar nesta semana.